REVISTA ELETRÔNICA de EDUCAÇÃO & SAÚDE.

REVISTA ELETRÔNICA de EDUCAÇÃO & SAÚDE (ano XLI) 2024 ou 5785
Criação e realização do biólogo e professor JOÃO ANGELO MARTIGNONI TEIXEIRA
Orientação e configuração do engenheiro e professor EVERARD LUCAS CARDOSO
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19 setembro 2024

RELÓGIO BIOLÓGICO X HORÁRIO DE VERÃO 2019 ou 5780 // 2024 ou 5785:

A parte da ciência que estuda este fato é a Cronobiologia. Entre outros fatores, a Cronobiologia estuda uma estrutura do nosso corpo, localizado no cérebro, que regula os horários de funcionamento do organismo. Dentro do hipotálamo existe um conjunto de células nervosas, que formam o Núcleo Supra-quiasmático e, ao emitirem sinais elétricos de forma rítmica, determinam o tempo no nosso organismo.
Pesquisa científica conduzida por laboratórios de cinco países da América do Sul com 9.251 pessoas no Brasil (em 2008) mostrou que 46% da população sente algum tipo de desconforto com o começo do horário de verão, entre elas:
Insônia, falta de apetite, cansaço, diminuição do rendimento no trabalho / escola, alterações no relógio biológico.
Entre os distúrbios resultantes da mudança está a dificuldade para dormir e a sonolência pela manhã. O corpo humano se prepara para acordar poucas horas antes do nascer do Sol, a temperatura começa a aumentar e o hormônio produzido pelas Glândulas Endócrinas Suprarrenais ou Adrenais - o Cortisol ou Hidrocortisona (C21H30O5) apelidado de "hormônio do estresse" (molécula no esquema ao lado) - atinge seu pico no organismo. Mas quando, como no "horário de verão", se é obrigado a acordar mais cedo, essas reações ficam fora de sintonia. O resultado desse desajuste é um sono mais curto, que leva à sonolência e à consequente falta de atenção, além de dificuldades de memória e outros problemas, que variam de pessoa para pessoa.

Sugestões:
a) Adiante os horários de refeições em uma hora. Caso isso não ocorra, o ideal é manter horários próximos e não almoçar um dia às 12 horas e no outro às 14 horas. Isso desregula o organismo.
b) Evite bebidas alcoólicas durante à noite no início da adaptação ao novo horário. Evite os cigarros e tenha uma alimentação saudável.
c) Tome banho morno, antes de ir dormir, relaxa bastante.
d) Aumente o consumo de frutas, sucos, chás gelados e se hidrate bastante nessa época.


Observações:
a) No Brasil não há ainda, estatísticas sobre os prejuízos causados pelo desajuste do relógio biológico, mas estudos da Universidade de British Columbia, EUA, dá conta que os acidentes de trânsito aumentam 8% no dia seguinte à implantação ao horário de verão.


Quando terminou o horário de verão em 2019?
A 49ª edição do "horário de verão" (2018-2019) teve início à zero hora do dia 04 de Novembro de 2018 ou 5779 e terminou à zero hora do dia 16 de Fevereiro de 2019 ou ainda 5780. Significa que, da noite de Sábado 15 para Domingo 16, as pessoas que moravam nas regiões onde o horário de verão vigorou deveriam "atrasar" seus relógios em uma hora.

Quando iniciará o horário de verão em 2024?
Estamos aguardando a decisão do governo atual, mas provavelmente será posterior as eleições deste ano de 2024...


Quem teve a ideia do horário de verão?
O “horário de verão” foi cogitado pela 1a vez em 1784, por Benjamin Franklin (clique em "cientistas" no índice a direita...) observando que, nos meses de verão, o Sol nasce antes que as pessoas se levantassem.
Pensou ele: se os relógios fossem adiantados, a luz do dia seria mais bem aproveitada. O povo iria acordar, trabalhar e estudar em consonância com a luz do Sol, e com isso não se usariam tantas velas nas casas e fábricas daquela época.
Apesar de ter sido um cientista e político influente nos EUA, sua ideia, na época, não saiu do papel. Só em 1907, na Inglaterra, o construtor William Willett da Sociedade Astronômica Real, fez uma campanha para alterar os relógios no verão, reduzindo o "desperdício de luz diurna". A Alemanha, em 1916, também foi o 1o país no mundo a implantar o horário de verão, adotando a ideia de Franklin.

01 agosto 2013

Inscrições para a OBFEP 2013 (Olimpíada Brasileira de Física) - até dia 03/8/2013:


INSCRITOS para a:
OLIMPÍADA BRASILEIRA DE FÍSICA das Escolas Públicas 2013.
Necessário:
1°) Nome completo, n° e turma, data de nascimento (dia/mês/ano), endereço de e-mail. Nível da prova = nível A até o 9° ano e nível B até o 2° ano e nível C para o 3° ano do ens. médio.
Veja detalhes no cartaz colado em sua escola.
2°) Estudar bastante pelas provas e dicas deixadas aqui no índice do lado direito >>&gt.
Premiação:
Entre outros prêmios a serem divulgados, tem nota no 4° bimestre, medalhas até o 3° lugar de cada modalidade, certificados assinados pela SBF (Sociedade Brasileira de Física) - equipe da OBFEP.

1ª fase em 06 de AGOSTO/2013 - 3ª-feira; 
2ª fase em 19/OUTUBRO/2013 - Sábado - de 14 h às 17 horas - na UERJ/IPRJ - (INSTITUTO POLITÉCNICO DO RIO DE JANEIRO) - RUA BONFIM, 25 - VILA AMÉLIA - Nova Friburgo - RJ - CEP 28625-570 (Próximo a antiga Fábrica de FILÓ).


LEVAR para a PROVA: lápis ou lapiseira, borracha, caneta e régua; Não será permitido o uso de calculadora e de celular; documento de identificação com foto e expedido por órgão oficial (Secretaria da Educação, Segurança Pública, Forças Armadas, UNE, UMES ou Ministério do Trabalho), sem o qual o estudante não poderá realizar a prova. Poderá também ser exigido do aluno documento (carteira de estudante, por exemplo) que comprove a série/ano que está cursando.

Veja quem se inscreveu (incrições até 03/AGOSTO/2013 às 18h):
NÍVEL - A do CEC 2013:


NÍVEL B do CEC 2013:

NÍVEL C do CEC 2013:
*Yuri Tolêdo de Barros; 24/3001; 10/9/1995; yuribarros95@gmail.com ; (22) 9837-0822; 


Quem ficou em 1º lugar no ano passado:
1° Lugar - Fabianne Vieira dos Santos - 08/1002 em 2012 -16/12/1996 - fabianne_vds@hotmail.com = acertos 06 de 15.
Ana Karolyna Rosa Luiz - 28/1004 - 05/8/1996 - Ana_karolynarosa@hotmail.com = acertos 04 de 15. Não compareceu a 2ª fase !!! Desclassificada.
Fernanda de Oliveira Ferreira - 08/1004 - 27/9/1996 - ffzinha2@gmail.com = acertos 03 de 15. Não compareceu a 2ª fase !!! Desclassificada.

"DICAS" para a OBFEP - 2013 (1ª fase = 06/8/2013 - 3ª-feira) e 2ª fase = 19/10/2013 - Sábado - na UERJ/IPRJ em Friburgo:

"Dicas" para as Provas da Olimpíada Brasileira de Física de 2013 (OBFEP-2013):
Para fazer as 15 questões da 1ª fase dia 06 de AGOSTO - 3ª-feira - de 10h às 12h ou de 12h:30min às 14:30min - no Laboratório - sala 42, bem como a 2ª fase em 19 de OUTUBRO/2013 - Sábado - de 14 h às 17 horas - na UERJ/IPRJ - (INSTITUTO POLITÉCNICO DO RIO DE JANEIRO) - RUA BONFIM, 25 - VILA AMÉLIA - Nova Friburgo - RJ - CEP 28625-570 (Próximo a antiga Fábrica de FILÓ), os alunos deverão conhecer as unidades do Sistema Internacional de Unidades (SI) com seus múltiplos e submúltiplos. Poderão ser incluídas questões sobre assuntos que não constam do programa básico mas, quando o forem, conterão informações suficientes para sua resolução.
LEVAR para a PROVA: lápis ou lapiseira, borracha, caneta e régua; Não será permitido o uso de calculadora e de celular; documento de identificação com foto e expedido por órgão oficial (Secretaria da Educação, Segurança Pública, Forças Armadas, UNE, UMES ou Ministério do Trabalho), sem o qual o estudante não poderá realizar a prova. Poderá também ser exigido do aluno documento (carteira de estudante, por exemplo) que comprove a série/ano que está cursando.
Nível A: para os alunos do 9º ano do Ensino Fundamental.
A - Matemática necessária:
  1. Álgebra fundamental (inclui resolução de equações do 1° e 2º graus);
  2. Geometria plana (calculo de área);
  3. Noções de geometria espacial (cálculo de volume).
B - Noções básicas de:
  1. Gravitação e movimentos de rotação e translação;
  2. Estações do ano;
  3. Fases lunares;
  4. Eclipses.
C - Conceitos básicos de Cinemática:
  1. Movimento uniforme (equação horária);
  2. Movimento uniformemente variado (equação horária).
D - Leis de Isaac Newton:
  1. Conceito de massa;
  2. 2ª e 3ª leis.
E - Conceito de Energia:
  1. Formas de energia (solar; eólica; etc...);
  2. Conservação da energia;
  3. Calor e Temperatura;
  4. Escalas termométricas (°C, °F e K).
F - Medidas de Tempo, Espaço e Temperatura.

Nível B: para os alunos do 1° e 2° anos do Ensino Médio (CEC). Peça ajuda e orientação ao professores de Física e Matemática do CEC.

A – Mecânica Clássica
  1. Fundamentos da cinemática do ponto material (tratamento escalar e vetorial);
  2. Leis de Newton e suas aplicações;
  3. Trabalho e energia: sistemas conservativos e não-conservativos. Potência e rendimento;
  4. Teorema do impulso, quantidade de movimento e sua conservação;
  5. Gravitação universal;
  6. Estática de corpos extensos;
  7. Hidrostática.
B - Termofísica
  1. Termometria;
  2. Calorimetria e mudanças de fase;
  3. Dilatação de sólidos e líquidos;
  4. Propagação do calor;
  5. Comportamento térmico dos gases. Teoria cinética;
  6. 1ª e 2ª leis da Termodinâmica.
C - Óptica Geométrica
  1. Princípios básicos;
  2. Leis da reflexão e aplicações (espelhos planos e esféricos);
  3. Leis da refração e aplicações (dioptros, lentes e instrumentos).

Nível C: para os alunos do 3° ano do Ensino Médio (CEC).
O programa incluirá os tópicos do Nível B e também:
 
D - Oscilações e Ondas
  1. Oscilador harmônico simples;
  2. Ondas periódicas: transversais e longitudinais;
  3. Propagação, reflexão e refração;
  4. Difração, interferência e polarização.
E - Eletricidade
  1. Carga elétrica e lei de Coulomb;
  2. Campo e potencial elétrico;
  3. Corrente e resistência elétrica, lei de Ohm;
  4. Trabalho e potência em corrente contínua;
  5. Geradores e receptores.
F - Magnetismo
  1. Fenômenos magnéticos;
  2. Lei de Ampère;
  3. Indução Eletromagnética.
G - Noções Básicas de Física Moderna e Contemporânea
  1. Relatividade Restrita;
  2. Modelo atômico de Bohr;
  3. Dualidade onda partícula;
  4. Física Nuclear-radiatividade;
  5. Fusão nuclear;
  6. Fissão nuclear.

05 novembro 2012

HANS device = Proteção Cervical (do hioide, do pescoço e do crânio):

A sigla HANS - Head and Neck Support system (Sistema de Apoio para a Cabeça e Pescoço) + device (dispositivo), ajuda a proteger o crânio, pescoço (e o hioide), é um dispositivo que há anos está presente em outros códigos do automobilismo, mas que se tornou obrigatório na Fórmula 1, pela primeira vez, em 2003.

Porque usar o HANS device?
Seu propósito é reduzir dramaticamente o deslocamento da cabeça e pescoço do piloto, durante a desaceleração rápida causada por um acidente.
 
Isto reduz o risco de fraturas cranianas e de pescoço que são as maiores causas de morte em acidentes automobilísticos. Diferente de outros dispositivos ativos de segurança que equipam carros de passeio modernos, como airbags e cintos de segurança pré-tensionados explosivos, o HANS device é inteiramente passivo e não requer nenhum sensor eletrônico ou fonte de energia.
 
O sistema HANS foi inventado em meados dos anos 1980 pelo Dr. Robert Hubbard, professor de engenharia biomecânica da Universidade de Michigan nos EUA. 

Os karts não têm cinto de seguranga e desta forma o corpo está literalmente solto ao assento de fibra, causando um risco maior de fratura cervical. 
Na F1, Nascar, StockCar, embora o corpo do piloto esteja firmemente preso ao carro de corrida, através de cintos de segurança, a cabeça e o pescoço dele (ou dela) ficam sem suporte num eventual acidente. 
O capacete do piloto aumenta o peso da cabeça e no momento de pêndulo do balanço à frente, quem absorve maior impacto são os músculos do pescoço. Estas são as lesões por compressão-extensão, comuns em acidentes rodoviários, embora as forças envolvidas na Fórmula 1 sejam evidentemente muito maiores.
 
O sistema HANS device consiste em um colar de fibra de Carbono usado pelos pilotos à volta do pescoço e encaixado nos ombros (na cintura torácica) sob as faixas dos cintos de segurança. 

O capacete é conectado "com folga" ao colar HANS, através de três faixas que permitem o livre movimento da cabeça em operação normal. Num eventual impacto frontal, a quantidade de deflexão será controlada por estas faixas, enquanto o colar HANS se trava na posição pelo ajuste do cinto de segurança. 
A energia absorvida é transferida da base do crânio para a fronte - que é a mais apropriada para suportar a força do impacto.
 
O dispositivo HANS original foi liberado para venda em 1990, mas o tamanho excessivo do colar o tornava impróprio para a Fórmula 1 com cockpits estreitos e apertados. Após o terrível acidente de Mika Hakkinen em Adelaide, 1995 (no qual o piloto sofreu fratura craniana), a FIA instituiu um programa de pesquisa em conjunto com a DaimlerChrysler com o intuito de estabelecer a melhor maneira de proteger a cabeça dos pilotos em caso de grandes impactos. 
Por algum tempo, Airbags e sistemas de segurança ativos foram levados em consideração, mas a ênfase da pesquisa mudou para o HANS e o desenvolvimento de uma versão do sistema que fosse adequada para a Fórmula 1.
Com os resultados dos testes,o sistema HANS reduziu o movimento típico da cabeça em 44% , as forças aplicadas ao pescoço em 86% e a aceleração aplicada à cabeça em 68% - e até mesmo para impactos maiores, os resultados foram abaixo do limite de lesão. O sistema revisto foi certificado pela Fórmula 1 e tornou-se obrigatório para todos os pilotos a partir da temporada 2003.
No Brasil, poucas empresas vendem o modelo HANS DEVICE, por aproximadamente R$ 3700,00. 

O preço por aqui é alto, nos USA o mesmo produto sai por volta de U$ 695,00. O modelo mais indicado para praticantes de kart é o Model 20, com angulo de 20 graus.
 clique no vídeo abaixo:


Fonte: Leandro Claro em 02/11/2009 e adaptado por João Angelo para as aulas.

30 setembro 2012

Vidro REFRATÁRIO ou BOROSSILICATO:


vidro borossilicato conhecido como refratário, é um material que possui um baixíssimo coeficiente de dilatação, o que o torna resistente à choques térmicos, suportando tanto altas quanto baixas temperaturas.  Resistente aos agentes químicos, esse vidro é usado nas vidrarias de laboratórios, industrias químicas, equipamentos para cozinha e iluminação.

História:

O vidro borossilicato,  foi inventado pelo químico e técnico de vidros alemão Otto Schott após um processo de desenvolvimento que decorreu entre 1887 e 1893, quando começou a ser comercializado.
Há também a versão da empresa Corning Glass Works (dos EUA), que se baseou nos estudos de Otto Schott, que demonstravam que se as matérias-primas contivessem bórax, a resistência do vidro ao calor e a amplitudes térmicas aumentava. Porém, estes vidros se deterioravam na presença de água.
Na busca por um tipo de vidro que fosse resistente à choques térmicos e durável, dois cientistas da empresa Corning Glass Works testaram a produção de vidros com diferentes formulações e executaram testes com eles. Em 1912 eles conseguiram atingir seus objetivos e logo depois as lanternas e recipientes de baterias de ácido passaram a ser produzidos com este novo vidro conhecido cientificamente como borosilicato e patenteado como Pyrex.
Como resultado da utilização deste vidro, houve na época uma redução nas quebras de globos de lâmpadas e o emprego nos recipientes de baterias ácidas tornou-as mais eficientes, contribuindo bastante para o desenvolvimento da telefonia e do telégrafo.
Em 1913 um jovem físico se juntou ao grupo de pesquisadores. Ele tinha uma teoria de que uma forma em vidro seria melhor do que uma metálica para assar, pois este absorve o calor radiante enquanto que a metálica o reflete. Para provar isto, cortou um recipiente de vidro e levou para sua esposa preparar nele um bolo.
Naquela noite sua esposa assou um bolo na forma de vidro e no dia seguinte ele o levou ao laboratório. Seus colegas o provaram e aprovaram a ideia. A esposa deste jovem cientista continuou a empregar a forma de vidro em outras receitas e percebeu que os alimentos não aderiam à sua superfície, o tempo de cozimento era menor, o vidro não transmitia gosto e além disso, ela podia ver a comida e saber o momento exato de tirá-la do forno. Em 1915 começou a comercialização das formas Pyrex. Porém foram registradas várias marcas de vidro borossilicato:
· Pyrex pela Corning Glass Works em 1915, que se tornou um sinónimo deste tipo de vidro.
· Endural pela Holophane, coberturas em vidro para candeeiros de iluminação pública.
· Bomex pela VEE GEE Scientific, Inc. material de laboratório
Composição: o vidro borossilicato ou refratário é fabricado adicionando Boro (Z = 5) aos componentes tradicionais do vidro
* 81% de Dióxido de Silício ( SiO2);
* 13% de Trióxido de Boro ( B2O3);
* 4% de Óxido de Sódio (Na2O);
* 2% de Óxido de Alumínio ( Al2O3 ).
Caracteristicas do material:
- O vidro borossilicato ou refratário tem um coeficiente de dilatação de cerca de 3,2 contra 8,6 do vidro comum.
- Começa a amolecer aos 821 °C, enquanto o vidro comum aos 550 °C
Mesmo sendo mais resistente ao choque térmico do que outros tipos de vidros, o vidro borossilicato pode ainda rachar ou quebrar-se quando sujeito a variações rápidas ou desiguais de temperatura. Em caso de quebra, se parte em pedaços grandes e irregulares, ou seja, não se estilhaça como os vidros temperados.
Utilização:
- As suas propriedades de resistência ao calor tornam este tipo de vidro útil em vidraria de laboratório que tenha que suportar temperaturas elevadas. O seu baixo coeficiente de dilatação permite que instrumentos de vidro possam manter a precisão das suas medidas mesmo quando sujeitos ao calor.
- Serve como utensílio de cozinha, os famosos recipientes refratários, pratos resistentes à temperatura dos fornos, panelas, chaleiras, cafeteiras e copos graduados para medir quantidades de ingredientes.
- Alguns aquecedores de aquário são envolvidos em recipientes de borossilicato aproveitando a resistência deste vidro à diferença de temperatura entre a resistência de aquecimento e a água envolvente.
- Assegura uma elevada durabilidade e resistência aos fornos microondas.
- Utilizado nos telescópios devido à sua reduzida dilatação com a temperatura.
- O seu baixo coeficiente de dilatação é também aproveitado na fabricação de espelhos de telescópio onde é essencial que haja poucos desvios na forma provocados pela temperatura.
- Utilizado no processo de armazenamento de resíduos nucleares em que estes são contidos em vidro através de um processo chamado vitrificação, procurando por esta via envolver os resíduos num material altamente resistente à variações térmicas.
Fonte: Corning Museum of Glass / Wikipedia adaptado por João Angelo para as aulas.

25 agosto 2012

FÍSICA 2013:

Clique no "play" abaixo e veja o que a inteligência humana pode fazer com a FÍSICA (Não é truque!!! Foi feito em laboratório de mecânica terceirizado para a Honda).
(colaboração do meu amigo Eugênio Busi de N. Friburgo - RJ).

06 maio 2012

GALILEU GALILEI (*1564 +1642)

Também nascido em Fevereiro no dia 15 (uma semana antes de mim...e logicamente 396 anos antes do Prof. João Angelo) em Pisa - Itália, Galileu teve duas irmãs e um irmão, todos filhos do professor de música Vicenzo Galilei.
403 anos depois, lembramos em 2012, o que Galileu, grande cientista italiano, conseguiu aprimorar em suas realizações. Com uma rústica luneta transformada num telescópio com fins de pesquisa astronômica, Galileu conseguiu observar as manchas solares, as montanhas e crateras da lunares, as fases de Vênus, quatro dos satélites de Júpiter (Io, Calisto, Europa e Ganimedes, que ficaram conhecidas como Luas Galelianas), os anéis de Saturno e a Via Láctea. Chegou a calcular a altura aproximada de algumas montanhas da Lua. Sua primeira luneta tinha uma lente objetiva de 50 mm de diâmetro.
Com estas observações em seu telescópio e suas descobertas feitas em 1609, ele escreveu o importante livro: “Sidereus Nuncius” (“A Mensagem das Estrelas”) publicado em Março de 1610.
Com 17 anos de idade Galileu entrou para a Universidade de Medicina. Com 19 anos ficou parado por um longo período em frente a uma Catedral de Pisa (cidade da Itália onde ele nasceu) observando um candelabro preso ao teto por uma corrente, balançando de um lado para o outro. Mais tarde esta ideia e seus estudos, fariam do pêndulo um instrumento de marcação do tempo e daí, outro cientista, o holandês Christiaan Huygens (*1629 +1695) construisse em 1656, o primeiro relógio de pêndulo.
Em 1585 Galileu abandonou a Universidade de Medicina, e dedicou-se a estudos de hidrostática e matemática. Mais tarde tornou-se professor desta Universidade de Pisa e também de Pádua.
Suas ideias em defender o Heliocentrismo, criaram problemas com a Igreja Católica, onde em 1616 foi advertido (várias vezes) para que parasse de divulgar suas ideias heliocêntricas contrárias a Igreja da época. Em 1631 outro papa foi eleito (e era amigo de Galileu...); Galileu achou por bem começar novamente a difundir o modelo heliocêntrico, mas estava redondamente enganado. Este papa (Paulo V) voltou-se contra ele, e em 1633 Galileu foi acusado de heresia e condenado à prisão perpétua, acabou em prisão domiciliar até 1642, onde ficou cego, perdeu sua filha Virgínia de 34 anos (que se dedicava a vida religiosa com o nome de Soror Maria Celeste) e magoado, Galileu morreu aos 78 anos de idade em 8 de Janeiro.
Mesmo preso em sua casa, escondido escreveu um livro: "Diálogo sobre duas novas ciências" cujos textos originais foram levados por seus amigos, escondidos, até a Holanda (onde o papa não tinha influência naquela época), para ser publicado. Só em 1992, através do papa João Paulo II, foi reavaliado o julgamento da Igreja Católica em relação a Galileu e este papa anterior a Bento XVI, o inocentou.
Pensou, bolou, criou ou inventou: "compasso geométrico" (espécie de régua calculadora); "termo-baroscópio" (para medir a pressão atmosférica) o que mais tarde (+/- 1595) originou o termômetro - que ele na época chamou de "termoscópio"; "binóculo" e a "balança hidrostática"; além é claro de transformar a luneta em telescópio. Estudou as constelações: Plêiades, Orion, Câncer e a Via-Láctea, além de descobrir o planeta Saturno, as manchas solares, as fases de Vênus, os satélites de Júpiter e as montanhas lunares.

26 outubro 2011

Quanto pesa 1 kg atualmente?!

Afinal, quanto pesa um quilo?
Esta pergunta, aparentemente simples, guarda um problema complexo que tem desafiado os metrologistas nas últimas décadas e, agora, incita uma reforma no sistema mundial de medidas. Atualmente definido como a massa de um cilindro feito de uma liga de Platina e Irídio guardado em um cofre do Escritório Internacional de Pesos e Medidas em Sèvres, nas cercanias de Paris, o quilograma está ficando cada vez mais "leve", tendo perdido 50 microgramas - o equivalente a um grão de areia - desde que foi fabricado, na segunda metade do século XIX.
Embora não seja uma grande questão quando se vai pesar compras na feira, a alteração na massa do cilindro metálico - apelidado Le Grand K (O Grande K) - pode causar problemas para cientistas que realizam experimentos que necessitam de medidas muito precisas.
Vale lembrar que a medição precisa está no cerne de uma grande discussão travada atualmente entre físicos de todo o mundo, desde que um grupo do Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern) anunciou, em Setembro de 2011, que tinha flagrado neutrinos viajando numa velocidade mais rápida do que a da luz - uma impossibilidade, segundo a Teoria da Relatividade de Albert Einstein. Os maiores críticos dos resultados alegam que a medição tem margem de erro maior que os bilionésimos de segundo apontados pelos responsáveis pela experiência.
Na tentativa de contornar parte do problema, especialistas reunidos na Conferência Geral de Pesos e Medidas (CGPM) aprovaram este mês proposta de mudar sua definição para que esteja diretamente ligada a uma constante física universal, no que pode ser a maior reforma do chamado Sistema Internacional de unidades (SI) em mais de um século.
Junto com o mol (quantidade de uma substância), o Kelvin (temperatura), o ampere (corrente elétrica), o metro (comprimento), o segundo (tempo) e a candela (intensidade luminosa), o quilograma faz parte do SI, que por sua vez serve de base para diversos outros tipos de medidas. Anteriormente, o metro também era definido com base em um objeto físico, a extensão de uma barra de metal também guardada em Sèvres. Degradação semelhante à observada no cilindro do quilo, no entanto, levou à sua substituição pela distância percorrida pela luz no vácuo em um intervalo de 1/299.792.458 segundo, que por sua vez está ligado à transição de estados de um átomo de Césio 133, fazendo destas as duas primeiras unidades do SI já diretamente associadas a constantes físicas universais.
Assim, o problema não é exclusivo do quilo e sua alteração afeta diretamente o mol. Já o Kelvin é definido de acordo com as propriedades da água em um estado e condições determinadas, o que faz com que sejam impossíveis medições precisas em condições de temperatura extremamente alta ou baixa. Enquanto isso, a definição do ampere é pouco prática - envolve condutores hipotéticos de comprimento infinito.
Diante disso, os especialistas reunidos na CGPM decidiram acatar proposta apresentada por Ian Mills, da Universidade de Reading, no Reino Unido, para redefinições do quilo, do mol, do Kelvin e do ampere que tenham como base algumas das constantes físicas universais.
No caso do quilo, Mills e os também metrologistas Terry Quinn, Peter Mohr, Edwin Williams e Barry Taylor sugeriram o uso da Constante de Planck, que relaciona a energia de radiação eletromagnética à sua frequência. A mesma constante pode ser usada para definir o mol. Por fim, o ampere seria relacionado à carga elétrica elementar de elétrons e prótons e o Kelvin à Constante de Boltzmann, que relaciona energias mecânica e térmica.
A aceitação da proposta pelos especialistas reunidos na CGPM, porém, não significa que as mudanças nas definições serão adotadas em breve. O órgão - que se reúne apenas uma vez a cada quatro anos - é conhecido por seu conservadorismo e será necessário convencer muitos dos 55 representantes dos países-membros para a necessidade das mudanças, além de provar que os novos padrões são precisos. Em entrevista à revista "New Scientist", o próprio Mills admitiu que poderá não estar vivo para vê-las entrar em vigor: - Vai acontecer, mas talvez só depois de eu ter ido, pois tenho 81 anos de idade.
Fonte (adaptada para as aulas de Ciências // Física):
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/ciencia/mat/2011/10/25/reforma-do-sistema-de-medidas-muda-forma-de-definir-quilo-925660648.asp#ixzz1bvF5w9rG

17 junho 2011

MARIE SKLODOWSKA [CURIE] (*07/11/1867 +1934):

Maria Sklodowska nasceu na atual capital da Polônia, Varsóvia, em 07/11/1867, quando essa ainda fazia parte do Império Russo. Seu pai era professor numa escola secundária. Marie educou-se em pequenas escolas da região de Varsóvia, e logrou um nível básico de formação científica, com seu pai.
Envolveu-se com uma organização estudantil que almejava transformar a ciência e, por isso, teve de fugir de Varsóvia (que era dominada pela Rússia) para a Cracóvia (na época parte do Império da Áustria).
Em 1881, com a ajuda da irmã, mudou-se para Paris, onde concluiu os seus estudos. Estudando na Sorbonne, obteve licenciatura em Física e em Matemática. Em 1894 conheceu Pierre Curie, professor na Faculdade de Física, com quem no ano seguinte se casou.
Em 1896, Antoine Henri Becquerel incentivou-a a estudar as radiações emitidas pelos sais de Urânio, que por ele tinham sido descobertas.
Juntamente com o seu marido (Pierre), Maria começou, então, a estudar os materiais que produziam tais radiação, procurando novos elementos que, segundo a hipótese que os dois defendiam, deveriam existir em determinados minérios como a pechblenda (que tinha a curiosa característica de emitir ainda mais radiação que o Urânio dela extraído). Efetivamente, em 1898 deduziram que haveria, com certeza, na pechblenda, algum componente liberando mais energia que o Urânio; em 26 de Dezembro daquele ano, Maria Skłodowska Curie anunciou a descoberta dessa nova substância à Academia de Ciências de Paris.
Após vários anos de trabalho, através da concentração de várias classes de pechblenda, isolaram dois novos elementos químicos - o Polônio, em referência a seu país nativo, e o Rádio, devido à sua intensa radiação, do qual conseguiram obter em 1902 0,1 g.
Posteriormente partindo de 8 toneladas de pechblenda, obtiveram mais 1 g de sal de Rádio. Propositadamente, nunca patentearam o processo que desenvolveram. Os termos radioativo e radioatividade foram inventados pelo casal para caracterizar a energia liberada espontaneamente por este novo elemento químico.
Com Pierre Curie e Antoine Henri Becquerel, Marie recebeu o Nobel de Física de 1903, "em reconhecimento aos extraordinários resultados obtidos por suas investigações conjuntas sobre os fenômenos da radiação, descoberta por Antoine Henri Becquerel". Foi a primeira mulher a receber um prêmio Nobel.
A carreira científica de Marie S. Curie conseguiu que seu marido, Pierre Curie, se tornasse chefe do Laboratório de Física da Sorbonne. Doutorou-se em Ciências em 1903, e após a morte de Pierre Curie, em um acidente (atropelado por uma carruagem em 1906), ela ocupou o seu lugar como professora de Física Geral na Faculdade de Ciências. Foi a primeira mulher a ocupar este cargo. Foi também nomeada Diretriz do Laboratório Curie do Instituto do Radium, da Universidade de Paris, fundado em 1914.
Participou da 1ª à 7ª Conferência de Solvay.
Recebeu o Nobel de Química em 1911, "em reconhecimento pelos seus serviços para o avanço da Química, com o descobrimento dos elementos Rádio e Polônio, o isolamento do Rádio e o estudo da natureza dos compostos deste elemento". Com uma atitude generosa, não patenteou o processo de isolamento do Rádio, permitindo a investigação das propriedades deste elemento por toda a comunidade científica.
Conferência de Solvay (1933). O Nobel da Química foi-lhe atribuído no mesmo ano em que a Academia de Ciências de Paris a rejeitou como sócia, após uma votação ganha por Eduard Branly com diferença de apenas um voto.
Foi a primeira pessoa e mulher, a receber duas vezes o Prêmio Nobel. Linus Pauling repetiu o feito, ganhando o Nobel de Química, em 1954 e o Nobel da Paz em 1962 e tornou-se a única personalidade a ter recebido dois Prêmios Nobel não compartilhados. Por outro lado, Marie Curie foi a única pessoa a receber duas vezes o Prêmio Nobel, em áreas científicas.
Em 1906, sucedeu ao seu marido na cadeira de Física Geral, na Sorbonne.
Já viúva Marie teve um relacionamento amoroso com o físico Paul Langevin, que era casado, fato que resultando num escândalo jornalístico com referências xenófobas, devido à sua orígem polaca.
Durante a 1ª Guerra Mundial, Curie propôs o uso da radiografia móvel para o tratamento de soldados feridos. Em 1921 visitou os EUA, onde foi recebida triunfalmente. O motivo da viagem era arrecadar fundos para a pesquisa. Nos seus últimos anos foi assediada por muitos físicos e produtores de cosméticos, que faziam uso de material radioativo sem precauções.
Veio ao Brasil, atraída pela fama das águas radioativas de Lindoia.
Fundou o Instituto do Rádio, em Paris. Em 1922 tornou-se membro associado livre da Academia de Medicina.
Marie Curie morreu perto de Salanches, França, em 1934 de leucemia, devido, seguramente, à exposição maciça a radiações durante o seu trabalho. Sua filha mais velha, Irène Joliot-Curie, recebeu o Nobel de Química de 1935, ano seguinte à morte de Marie.
O seu livro "Radioactivité" (escrito ao longo de vários anos), publicado a título póstumo, é considerado um dos documentos fundadores dos estudos relacionados à Radioatividade clássica.
Em 1995 seus restos mortais foram transladados para o Panteão de Paris, tornando-se a1ª mulher a ser sepultada neste local.
Durante o período de hiperinflação nos anos 90, sua efígie foi impressa nas notas de banco de 20000 zloty da sua Polônia natal.
A sua filha, Éve Curie, escreveu a mais famosa das biografias da cientista, traduzida em vários idiomas. Em Portugal, é editada pela editora "Livros do Brasil". Esta obra deu origem em 1943 ao argumento do filme: "Madame Curie", realizado por Mervyn LeRoy e com Greer Garson no papel de Marie Curie.
Foram também feitos dois telefilmes sobre a sua vida: "Marie Curie: More Than Meets the Eye" (1997) e "Marie Curie - Une certaine jeune fille" (1965), além de uma minissérie francesa, "Marie Curie, une femme honorable" (1991).

O elemento 96 da Tabela Periódica, o Cúrio, símbolo Cm foi batizado em honra do Casal Curie.

Fonte: Wikipédia - adaptado por João Angelo.

PIERRE CURIE (*15/5/1859 +19/4/1906):

Pierre Curie (*Paris, 15/5/1859  +Paris, 19/4/1906) foi um físico francês, pioneiro no estudo da cristalografia, magnetismo, piezoeletricidade e radioatividade.
Recebeu o Nobel de Física de 1903, juntamente com a sua mulher Marie S. Curie, famosa em física: "em reconhecimento pelos extraordinários serviços que ambos prestaram através da suas pesquisas conjuntas sobre os fenômenos da radiação descobertos pelo professor Antoine Henri Becquerel".
Pierre foi um dos fundadores da física moderna, apesar de não ter frequentado uma escola primária nem a ginasial, foi educado em casa pelo seu pai, e em sua adolescência revelou uma forte tendência para a matemática e a geometria. Já com apenas 16 anos de idade, bacharelou-se em ciências e aos 18 anos já tinha obtido o equivalente a um grau superior, mas não seguiu imediatamente para o doutoramento por falta de dinheiro. Em vez disso, trabalhou como instrutor de laboratório.
Em 1880, Pierre e o seu irmão mais velho Jacques demonstraram que se gerava um potencial elétrico quando se comprimiam cristais, a piezoeletricidade, e esse procedimento foi utilizado alguns anos depois em aparelhos de "toca disco" e alto-falante. Já em 1881, eles (os dois irmãos) demonstraram a existência do efeito inverso: que os cristais podiam ser deformados quando submetidos a um campo elétrico. Quase todos os atuais circuitos eletrônicos digitais se utilizam deste recurso (ou fenômeno).
Antes dos seus estudos de doutoramento sobre o magnetismo, ele concebeu e aperfeiçoou uma balança de torsão extremamente sensível, para medir os coeficientes magnéticos.
Pierre Curie estudou o ferromagnetismo, o paramagnetismo e o diamagnetismo para a sua tese de doutorado, e descobriu o efeito da temperatura sobre o paramagnetismo, que é atualmente conhecido por lei de Curie. A constante material da lei de Curie é conhecida como a constante de Curie. Ele também descobriu que as substâncias ferromagnéticas apresentam uma temperatura crítica de transição, acima da qual as substâncias perdem o seu comportamento ferromagnético. Esta temperatura é conhecida por ponto de Curie.
Pierre Curie enunciou em 1894 o "Princípio universal de simetria" ("as simetrias presentes nas causas de um fenômeno físico também são encontrados nas suas consequências").
Pierre trabalhou com a sua mulher Marie S. Curie no isolamento do Polônio e do Rádio. Eles foram os primeiros a usar o termo "radioatividade", e pioneiros no seu estudo. No seu trabalho, incluindo o conhecido trabalho de doutoramento de Marie, usaram um electrômetro piezoelétrico de precisão construído por Pierre e pelo seu irmão Jacques.
Pierre Curie e um aluno seu, foram os primeiros a descobrir a energia nuclear, ao identificarem a emissão contínua de calor das partículas do Rádio. Ele também investigou as emissões de radiação das substâncias radioativas, e conseguiu demonstrar, com o recurso a campos magnéticos, que as emissões apresentavam carga positiva, negativa ou eram neutras. Essas emissões correspondem às partículas alfa, beta e radiações gama.
O casal Curie autenticou a médium Eusapia Paladino, numa carta a Georges Gouy, datada de 24 de Julho, 1905, por sessões supervisionadas por eles próprios:
Foi muito interessante e, realmente os fenômenos que vimos pareciam inexplicáveis como truques, mesas com quatro pernas suspensas, movimentos de objetos até a certa distância, mãos que beliscam ou acariciam a pessoa, aparições luminosas. Tudo num local preparado por nós, com um pequeno número de espectadores, todos conhecidos nossos e sem qualquer possível cúmplice. O único truque possível é o que poderia resultar da extraordinária facilidade da médium como mágica. Mas, como explicar o fenômeno quando se está segurando as mãos e os pés dela e quando a luz é suficiente para se ver tudo que acontece?
O casal confirmou a genuinidade de Paladino em outra carta, em 14 de Abril de 1906, poucos dias antes de Pierre morrer, novamente a Georges Gouy:
Tivemos mais algumas sessões com a médium Palladino. O resultado é que esses fenômenos realmente existem e não é mais possível para mim duvidar disso. É improvável, mas existem, e é impossível negar isso, após as sessões que tivemos, em condições controladas. Uma espécie de membros fluidos destacam-se da médium (principalmente dos braços e das pernas...) e empurram com força os objetos. Esses membros fluidos se formam em geral sobre um pedaço de material negro... Mas algumas vezes eles pulam para o ar aberto. Não tenho dúvida que depois de algumas boas sessões, você se convencerá... Você, que tem uma intuição tão grande, com tanta freqüência sobre os fenômenos, como explica esses deslocamentos de objetos de uma distância, como concebe que a coisa seja possível? Existe aqui, em minha opinião, todo um território de fatos inteiramente novos, e estados físicos no espaço, dos quais não temos qualquer idéia.
Esta informação consta no livro de Susan Quinn, chamado "Marie Curie, Uma Vida".


Pierre Curie morreu em 19 de Abril de 1906, ao sair de um almoço na Associação de Professores da Faculdade de Ciências, foi atropelado por uma carruagem quando atravessava a Rue Dauphine em Paris durante uma tempestade, a sua cabeça foi esmagada pela roda (da carruagem), escapando a uma provável morte por envenenemento por radiações como a que veio a matar a sua mulher. Os restos mortais de Pierre e Marie foram depositados na cripta do Panthéon de Paris em Abril de 1995.


O curie (Ci) é uma unidade de radioatividade correspondente a 3.7 x 1010 desintegrações por segundo. O nome da unidade foi originalmente atribuído, em homenagem a Pierre Curie, pelo Congresso de Radiologia de 1910.
A filha de Pierre e Marie Curie, Irène Joliot-Curie e o seu genro, Frédéric Joliot, foram também físicos destacados, e se dedicaram ao estudo da radioatividade.

Fonte: Wikipédia - adaptado por João Angelo.

ANTOINE HENRI BECQUEREL (*15/12/1852 +25/8/1908):

Antoine Henri Becquerel (*Paris em 15/12/1852  + Le Croisic em 25/8/1908).

Físico francês que estudou na École Polytechnique e era "engenheiro de pontes e calçadas". Foi professor de Física na École Polytechnique e no Museu Nacional de História Natural.
Continuou os trabalhos de seu pai (Alexandre-Edmond Becquerel) e de seu avô (Antoine César Becquerel), descobrindo em 1896 a radioatividade dos sais de Urânio, esta descoberta valeu-lhe o prêmio Nobel de Física em 1903, juntamente com o casal Pierre Curie e Marie S. Curie. Foi membro da Academia das Ciências Francesa.
Por falar em Marie S. Curie, o termo Radiatividade foi criado por ela - Madame Curie (*1867 +1934) e empregado para designar a desintegração espontânea do núcleo atômico de alguns elementos como Urânio, Polônio e Rádio, resultando em emissão de radiação.
O pai de Antoine Henri, Alexandre-Edmond Becquerel estudou a luz e a fosforescência, inventando a fosforoscopia; já seu avô, Antoine César Becquerel, foi um dos fundadores da eletroquímica.
No ano de 1895 Antoine Becquerel descobriu acidentalmente uma nova propriedade da matéria que, posteriormente, denominou de radiatividade. Ao colocar sais de Urânio sobre uma placa fotográfica em local escuro, verificou que a placa enegrecia. Os sais de Urânio emitiam uma radiação capaz de atravessar papéis negros e outras substâncias opacas a luz. Estes raios foram denominados, a princípio, de Raios B em sua homenagem.
No ano de 1899, demonstrou que um grupo das referidas radiações, as chamadas partículas Beta, podiam ser conduzidas graças ao magnetismo. No ano de sua morte, Becquerel tornou-se presidente da Academia de Ciências de Paris. Seu nome está ligado aos acidentes nucleares atuais, uma vez que a atividade das substâncias radioativas é determinada a partir da unidade de medida denominada becquerel (bq).
Ernest Rutherford foi quem denominou alfa, beta e gama aos três raios emitidos pelos corpos radioativos. Durante muito tempo, porém, os raios gama foram conhecidos como raios de Becquerel.
Além disso realizou pesquisas sobre fosforescência, espectroscopia e absorção da luz.
Entre suas obras destacam-se: Investigação sobre a fosforescência (1882-1897) e Descobrimento da radiação invisível emitida pelo Urânio (1896-1897).

ATENÇÃO: alunos do 9º ano do OPM/2011 - leiam pág. 206 e 207 do seu livro de Ciências.
Fonte: Wikipedia adaptado para as aulas do Prof. João Angelo.

ROLF MAXIMILIAN SIEVERT (*06/5/1896 +03/10/1966):


Rolf Maximilian Sievert (*06/5/1896 em Estocolmo - +03/10/1966 em Estocolmo/Suécia) era físico e sua contribuição mais significativa foi o estudo dos efeitos biológicos da radiação ionizante.
Chefe do laboratório de física da clínica oncológica Radiumhemmet, de 1924 a 1937, quando também tornou-se chefe do departamento de física radiológica do Instituto Karolinska.
Pioneiro na medição de doses de radiação, especialmente em seu uso no diagnóstico e tratamento do câncer. No final de seus 70 anos focou suas pesquisas nos efeitos biológicos da exposição repetitiva a baixas doses de radiação. Em 1964 fundou a International Radiation Protection Association, sendo seu diretor por certo período. Também dirigiu o Comitê Científico das Nações Unidas sobre os Efeitos da Radiação Atômica.
Inventou diversos instrumentos para medição de doses de radiação, sendo o mais conhecido a "Câmara de Sievert".
Em 1979, na Conferência Geral de Pesos e Medidas, a unidade SI de dose equivalente de radiação ionizante foi denominada Sievert (Sv).

Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre - adaptada por João Angelo.

29 abril 2011

OBSERVAÇÃO ASTRONÔMICA RARA...

Observamos uma rara e extraordinária Conjunção Planetária, junto com a Lua, em 12  e "sexta-feira 13" de Agosto de 2010, respectivamente 5ª e 6ª-feira daquela semana, onde tivemos uma bela e interessante conjunção astronômica, popularmente conhecida por "alinhamento de planetas".
Este tipo de fenômeno possibilitou que um habitante terrestre pudesse observar alguns astros do Sistema Solar numa mesma região do céu, visualmente próximos entre si.
Nesta conjunção de Agosto de 2010, observamos a LUA e os planetas MARTE, VÊNUS, MERCÚRIO e SATURNO aparentemente "juntos" no céu, no horizonte OESTE, logo após o pôr do Sol.
Mesmo sem nenhum instrumento observacional você poderia identificar estes astros, nesta região do céu em Friburgo (e logicamente em várias partes do Brasil...). Se você tivesse um telescópio ou uma luneta (até um binóculo de bom alcance), poderia usá-los para ver a Lua e os Planetas, todos "próximos" entre si.
Quem entrou em contato com o Clube de Astronomia, Observatório ou Planetário do Rio de Janeiro (mais próximo de Friburgo) buscou auxílio na localização ou mesmo observação através dos telescópios deles.
Veja a lista destes órgãos clicando aqui: http://www.gridweb.com.br/gridmail//lt/t_go.php?i=173&e=am9hb2FuZ2Vsb3RlaXhlaXJhQGdtYWlsLmNvbQ==&l=http://sites.google.com/site/proflanghi/estabelecimentos-1
Recomendei a você tentar fotografar a Lua e ou os planetas com ou sem lunetas e colocar nos SITE da OBA, em MURAL de FOTOS da OBA (você poderia ganhar algo...) clicando aqui:  http://www.gridweb.com.br/gridmail//lt/t_go.php?i=173&e=am9hb2FuZ2Vsb3RlaXhlaXJhQGdtYWlsLmNvbQ==&l=http://www.oba.org.br/site/index.php

Saudações celestiais dos Profs. Drs. João Angelo (biólogo) e João Batista Canalle (astrônomo).