REVISTA ELETRÔNICA de EDUCAÇÃO & SAÚDE.

REVISTA ELETRÔNICA de EDUCAÇÃO & SAÚDE (ano XLII) 2025 ou 5786
Criação e realização do biólogo e professor JOÃO ANGELO MARTIGNONI TEIXEIRA
Orientação e configuração do engenheiro e professor EVERARD LUCAS CARDOSO

27 junho 2025

CONTATOS com a Revista Eletrônica: "EXCITE-FRIBURGO" de EDUCAÇÃO & SAÚDE.

Idealizador: Prof. Dr. João Angelo Martignoni Teixeira
Correio eletrônico: biangelus@gmail.com

ou escreva-os nos comentários abaixo:

Os átomos mais recentes da Tabela Química desde 02/6/2012 a 2025 pela IUPAC:

A tabela periódica deu as boas-vindas para os novos elementos químicos de 2012 a 2025: Fleróvio; Livermório; Nihônio; Moscóvio; Tenessino e Oganessônio.
A IUPAC (União Internacional de Química Pura e Aplicada) aprovou oficialmente o nome dos dos elementos que estão localizados no número 113 ao 118 da tabela química. 
Estes elementos possuíam nomes temporários até 31/5/2012, como o Ununquadio (Uuq) e Ununhéxio (Uuh), respectivamente, conforme explicava em minhas palestras. E posteriormente também, foram modificados em 2015/2016, os elementos Ununtrio (Uut), Ununpentio (Uup), Ununséptio (Uus) e Ununóctio (Uuo). 
Os elementos são produzidos pela ciência, sendo sintetizados pela 1ª vez no Instituto Conjunto de Pesquisa Nuclear de Dubna, na Rússia, em 1998. As descobertas dos recentes elementos sintéticos foram confirmadas através de trabalhos científicos no Lawrence Livermore National Laboratory, na Califórnia (o que justifica o nome de um deles = Livermório de Z = 116). O outro é em homenagem ao cientista Georgii Nikolayevich Flerov (*02/3/1913 - +19/11/1990) que foi um famoso físico, autor da descoberta da fissão espontânea do Urânio (em 1940, com Konstantin A. Petrzhak), pioneiro na física de íons pesados, e fundador do Instituto Conjunto para Nuclear Pesquisa do Laboratório de Reações Nucleares (1957). 
Os elementos foram criados através de esmagamento de íons Cálcio (com 20 prótons) e Cúrio (com 96 prótons). A combinação destes dois elementos forma o 116 (Livermório) que, após decaimento quase imediato, dá origem ao Fleróvio, com 114 prótons.
O Nihônio, elemento químico de número 113, foi batizado assim em homenagem ao Japão – país no qual ele foi descoberto. “Nihon” é uma das formas de se dizer “Terra do Sol Nascente”. 
O Moscóvio, de número 115, foi batizado assim em homenagem a Moscou. Ele foi descoberto na cidade de Dubna, vizinha da capital russa.
O estado americano do Tennessee foi homenageado ao inspirar o nome do Tennessino, o elemento químico de número 117. Lá estão localizados importantes laboratórios, que já descobriram esta e outras partículas químicas.
O elemento químico de número 118, o Oganessônio foi escolhido para homenagear o cientista Yuri Tsolakovich Oganessian (*14/4/1933) - físico nuclear de origem armênia.

Estes elementos não são encontrados na natureza. A sua obtenção é feita pelo choque de outros elementos, e dura pouquíssimo tempo.
Para você que foi estudante do Prof. João Angelo, anote aí as atualizações: o Nihônio (Nh); Fleróvio (Fl); Moscóvio (Mc); Livermório (Lv); Tenessino (Ts) e o Oganessônio (Og).
Fonte: IUPAC - jornalciencia.com - prof. João Angelo.

A tabela periódica é dividida em períodos (linhas horizontais) e grupos ou famílias (colunas verticais). Os períodos indicam o número de camadas eletrônicas e os grupos ou famílias exibem elementos com propriedades químicas semelhantes. Adicionalmente, os elementos são classificados em metais, não metais (ametais), semimetais (metaloides), gases nobres e hidrogênio.
Elaboração:
Períodos:
A tabela periódica possui 7 períodos, que representam as linhas horizontais. Cada período corresponde ao número de camadas eletrônicas que um átomo possui.
Grupos ou Famílias:
Existem 18 grupos ou famílias na tabela periódica, representados pelas colunas verticais. Elementos dentro do mesmo grupo compartilham características químicas semelhantes devido à similaridade em suas configurações eletrônicas externas.
Classificação dos Elementos:
Os elementos podem ser classificados em:
Metais: Geralmente são bons condutores de eletricidade e calor, com brilho característico.
Não Metais (Ametais): Conectam-se entre si e com metais por ligações covalentes e são opacos, com baixa condutividade.
Semimetais (Metaloides): Apresentam propriedades intermediárias entre metais e não metais.
Gases Nobres: São elementos químicos com configuração eletrônica estável, que não reagem facilmente com outros elementos.
Hidrogênio: Possui características únicas e não se encaixa perfeitamente em nenhum grupo específico.



18 junho 2025

CRUCIFICAÇÃO de CRISTO e o "CORPUS CHRISTI":

Pesquisa de 2003 do prof. dr. João Angelo
Atualização: 19/6/2025.
(foto ao lado tirada do teatro na Via expressa em 28/3/2010 e publicada no Jornal A Voz da Serra)
A palavra latina "excruciar” (raiz de "cruciante") se refere a algo que causa grande agonia ou tormento. As raízes da palavra são: "ex” = por causa de ou sobre, e "cruciar” = cruz. Então: "excruciar" = "por causa de , ou sobre, a cruz".



Em Seus 36 ou 37 anos de idade, Jesus foi amarrado a um poste, sofrendo violento espancamento físico e chicotadas que deixaram suas costas inteiramente expostas, onde a pele (epiderme + derme), com +/- 2 mm de espessura, apoiada na tela subcutânea (nome atual da antiga hipoderme), era arrancada das costas, expondo uma massa ensanguentada de músculos e ossos (“hambúrguer”).
Os romanos usaram um chicote (flagrum ou flagellum) com pequenas partes de ossos e metais (talvez Fe e Pb; Z= 26 e 82 na T.P.) unidos a vários cordões de couro. A quantidade de chicotadas não é registrada nos evangelhos. O número de golpes na lei judaica era de 40 (Dt 25:3), mais tarde reduzido (pelos fariseus) a 39 para evitar golpes excessivos por um erro de contagem. A vítima geralmente morria devido à surra (com 39 golpes acreditava-se trazer o criminoso à "1 da morte"). A lei romana não tinha nenhum limite sobre o número de golpes a se dar.




Devido aos espancamentos houve perda de sangue (AB +, grupo sanguíneo considerado "receptor universal" que envolve mais ou menos 5% da população mundial) segundo estudos recentes no sudário (o sudário pertence ao Vaticano e fica guardado na Cappella della Sacra Sindone do Palácio Real de Turim, na Itália); houve também perda sanguínea devido aos espinhos (de 2,54 a 5,08 cm de comprimento) da "coroa" feita da planta Zizifus spina (Zizyphus ou Azufaifo - da família das ramináceas) atingindo o escalpo (área mais vascular na testa que firma os cabelos) com 60 a 70 perfurações [esta "coroa" encontra-se na Catedral de Notre Dame em Paris - cuja igreja foi incendiada em abril de 2019, mas "salvaram"(o capelão Jean-Marc Fournier do Corpo de Bombeiros) a "coroa"; esses sangramentos, foram enfraquecendo Jesus e podendo deixá-Lo inconsciente.
Depois do espancamento, Jesus andou num trajeto de +/- 595 m (chamado hoje de Via Dolorosa) para ser crucificado no “lugar do crânio ou da caveira” (em latim: Calvário; em aramaico: Golgota). O aramaico, língua semítica falada por Jesus, atingiu o apogeu entre os anos 300 a.C. e 650 d.C.,  falada ainda hoje em alguns lugares do Irã, Iraque e Síria, tem 22 letras no qual se escreve da direita para a esquerda e, deu origem ao hebraico e este, no final do séc. XIX, passou a ser a língua oficial de Israel.
O Calvário de Gordon é o ponto de maior altitude positiva de Jerusalém (777 m acima do nível do mar). Hoje neste Calvário, as cavernas na rocha estão situadas de tal maneira que dão ao local uma aparência de caveira. Jesus foi conduzido por ruas estreitas de pedras, cercadas por mercados daquele tempo, aglomeradas de gente, carregando a barra horizontal da cruz (chamada patibulum = patíbulo, pesando entre 36 e 50 kg) sobre Seus ombros. Ele estava cercado por 1 guarda romano, o qual carregava uma placa que anunciava Seu crime: o de ser "o Rei dos Judeus" em hebreu, latim e grego (o título era pendurado na cruz, sobre a cabeça da vítima, na hora da crucificação), por isso INRI (Iesus Nazarenus Rex Ioderum). No trajeto, Ele ficou incapaz de carregar a cruz; Simão o cireneu (natural da Cirenaica – região da Líbia - África), foi afetado pelo fato e intimado a ajudar.
Teorizam que Jesus talvez tenha caído ao ir descendo os degraus da Fortaleza de Antônio. Nesta queda com o pesado patíbulo nas Suas costas, talvez tenha tido uma contusão cardíaca, predispondo Seu coração a ruptura na cruz.
A crucificação era assim: o patíbulo era colocado sobre a terra e a vítima colocada em cima dele. Os cravos (pregos) de Fe (Z = 26), tinham +/- 18 cm de comprimento e 1 cm de diâmetro, eram cravados nos pulsos (na terminologia antiga, o pulso era considerado parte da mão). Os pregos entrariam no nervo mediano, causando choques de dor irradiados por todo o braço; o mesmo aconteceu na ruptura do nervo plantar do pé com um único cravo que passou entre o 2° e 3° metatarso.

Era possível colocar os pregos entre os ossos do corpo (ao todo 213 ossos = 22 na cabeça; 33 na coluna; 24 nas costelas; 1 esterno no tórax; nos membros superiores 64 e nos inferiores 62; no pescoço 1 hioide e 6 pequenos nas orelhas médias), de modo que nenhuma fratura (ou ossos quebrados - Jo 19:32-36; Ex 12:46) ocorressem. Estudos científicos mostram que os pregos provavelmente foram cravados através dos carpos (8 ossos pequenos do pulso) entre o rádio e a ulna no espaço de “Destot”. Pregos na palma da mão não suportariam o peso (de +/-80 kg de Jesus) de um corpo (de +/-1 m e 80 cm) e rasgariam a mão entre os metacarpos e falanges.
No local da crucificação estariam postes (em pé) com aproximadamente 2 m e 15 cm de altura. No centro dos postes estava um habitual assento (sedile ou sedulum) no qual servia como suporte para a vítima. O patíbulo era levantado sobre os postes.

Os pés (o esquerdo sobre o direito) eram pregados ao stipes (tronco vertical da cruz), para isto, os joelhos teriam que ser dobrados e girados lateralmente, deixando-O numa posição muito desconfortável.

Quando a cruz era erguida verticalmente, havia uma grande tensão posta sobre os pulsos, braços e ombros, resultando num deslocamento dos ombros e juntas dos cotovelos. Os braços sendo presos para cima e para fora, prenderam a caixa torácica numa fixa posição final inspiratória na qual dificultou o exalar, e impossibilitou ter completa inspiração do ar. O fato de ter tido pequenas respirações, talvez explique porque Jesus fez pequenas declarações enquanto estava na cruz. O tempo passava, os músculos, pela perda de sangue, falta de O2 e a posição fixa do corpo, passariam por fortes cãibras (contrações súbitas musculares). Pelas surras e chicotadas, Jesus sofreu severa hipovolemia (baixo volume de sangue); por isso Seu estado desidratado e a perda de força.
Pela defeituosa respiração, os pulmões Dele começavam a ter colapsos em pequenas áreas causando hipoxia (baixo teor de O2). Uma acidez respiratória, com a falta de compensação pelos rins devido à perda de sangue, resultou em um aumento da pressão cardíaca (batendo mais rápido para compensar); acumulando líquidos nos pulmões (vazou “água” e sangue na perfuração de +/- 5cm da lança no tórax do lado direito do corpo, feita pelo soldado ao confirmar Sua morte - Jo 19:34), sob o stress da hipoxia e acidez, o coração parou.
Em 2003, os astrônomos romenos: Liviu Mircea e Tiberiu Oproiu do Observatório do Instituto Astronômico da Romênia, estudaram através de programas de computador baseados na revolução dos planetas entre os anos 26 e 35 d.C. e descobriram que apenas por 2 vezes nesse período, a Lua cheia ocorreu imediatamente após o equinócio. A primeira Lua cheia foi numa sexta-feira 07/4/0030 e a segunda Lua cheia foi 03/4/0033.
Estes astrônomos, ainda baseados no Novo Testamento, onde diz que: Jesus morreu no dia após a primeira noite de Lua cheia após o equinócio de Verão e também se refere ao eclipse solar ocorrido durante a crucificação (Lc 22:53); concluíram por estes dados no computador que ocorreu um eclipse parcial do Sol em 33 d.C.

Na verdade, a última ceia de Jesus e seus apóstolos, se deu numa 4ª-feira, dia 01/4/0033. Por estudos científicos, podemos afirmar (afirmação também feita pelos astrônomos supracitados) que Ele morreu com 36 ou 37 anos de idade, às 15 h da sexta-feira do dia 03/4/0033 ressuscitando às 4 h da madrugada do dia 05/4/0033.
Ainda com auxílio de computadores, cientistas divulgaram em 2010 o "rosto de Jesus Cristo" e o "corpo de Jesus Cristo" (Corpus Christi) conforme os dados apurados no sudário e inseridos nos computadores, chegando aos resultados das respectivas fotos abaixo:
Aspectos Religiosos do Corpus Christi (ou Corpo de Cristo) - foto abaixo do nosso tapete do Col. Anchieta no ano de 2019 em 20 de Junho:


A história religiosa do Corpo de Cristo tem início no século XIII e foi instituída pelo Papa Urbano IV.
Um fato extraordinário ocorrido no ano de 1247, na Diocese de Liége, Bélgica, diz que Juliana de Cornillon, monja agostiniana, teve consecutivas visões de um astro semelhante à Lua, totalmente brilhante, porém, com uma incisão escura. Ela disse que o próprio Jesus Cristo revelou a ela que a Lua significava a igreja, e sua claridade o Corpo de Cristo. Juliana levou o caso ao bispo local que, em 1258, acabou instituindo uma festa (ou solenidade) em sua Diocese. O fato, na época, havia sido levado também ao conhecimento do bispo Jacques de Pantaleón, que quase duas décadas mais tarde, viria a ser eleito Papa Urbano IV.
O fator que deflagrou a decisão do papa e que confirmaria a antiga visão de (agora "Santa") Juliana se deu por um "milagre" ocorrido no 2° ano do pontificado de Urbano IV: o "milagre eucarístico" de Bolsena, na Itália, onde um sacerdote tcheco (Pe. Pietro de Praga), duvidando da presença real de Cristo na eucaristia depois da consagração do pão e do vinho, viu brotar sangue na hóstia (semelhante ao milagre de Lanciano, ocorrido no século VII). O fato foi levado ao Papa Urbano IV, que encarregou o bispo de Orvieto a levar a ele as alfaias litúrgicas embebidas com o sangue de Cristo. Instituída para toda a igreja, desde então, a data foi marcada por concentrações, procissões e outras práticas religiosas, de acordo com o modo de ser e de viver de cada país ou de cada localidade.
O Corpus Christi foi instituído pelo Papa Urbano IV com a Bula Transiturus (carta pontifícia de caráter solene), de 11 de Agosto de 1264, celebrada na quinta-feira após a festa da Santíssima Trindade (Pai + Filho + Espírito Santo), que acontece no Domingo depois de Pentecostes (Pente = 50 dias, depois da Páscoa, com a vinda do Espírito Santo sobre os apóstolos). A Eucaristia foi celebrada pela primeira vez na quinta-feira santa e o Corpus Christi é celebrado sempre na quinta-feira depois de Pentecostes.
A celebração do Corpus Christi lembra a caminhada do povo peregrino de Deus, em busca da terra prometida. Segundo o Antigo Testamento, esse povo foi alimentado com o maná no deserto e hoje o povo de Deus é alimentado com o Corpo de Cristo, onde o celebrante consagra duas hóstias grandes, sendo uma consumida e a outra apresentada aos fiéis para adoração de Cristo.

Referências: Ball, D. A. "The Crucifixion and Death of a Man Called Jesus". J Miss St Med Assoc 30(3): 77-83, 1989.
Bíblia.Bible, Amplified version. Zondervan Publishing House, Grand Rapids, Michigan, 1964. Davis, C.T. "The Crucifixion of Jesus:The Passion of Christ from a Medical Point of View". Ariz Med 22:183-187, 1965. Edwards, W.D., Gabel, W.J and Hosmer, F.E. "On the Physical Death of Jesus Christ." JAMA. 255 (11), pp. 1455-1463, 1986.Holman's Bible Dictionary, Holman Bible Publishers, 1991. McDowell, J. "The Resurrection Factor". Campus Crusade for Christ, Nashville, Tenn., 1981. Metherall, A.. "Christ's Physical Suffering" (Tape) Firefighters for Christ , Westminister, Ca. Fitzgerald, Benedict & Gibson, Mel; “The Passion of the Christ” (20th Century Fox– EUA), 2004.

No Facebook: "ARQUEOLOGIA NO CALVÁRIO DE GORDON" - (uma exploração arqueológica) - Antônio César Domingues Hedo - Tel. (11) 4521-0157 e (11) 9817-9101 - e-mail: acdhedo@hotmail.com.

10 junho 2025

SEXTA-FEIRA 13 de JUNHO de 2025

        “A sexta-feira 13 e o judaísmo”

“Ninguém sabe direito como a superstição surgiu. Alguns dizem que é porque Jesus foi crucificado em uma sexta-feira 13. Quanto à possível conotação aziaga do número 13 na tradição judaica, ela, na verdade, não existe. Pelo contrário: 13 é um número extremamente positivo.
No judaísmo, 13 é a idade na qual o jovem se torna bar-mitzvá, 13 são também os princípios de Fé Judaica elaborados por Maimônides. O número 13 era visto na tradição judaica como a adição divina para ao terreno 12, que está ligado aos 12 meses do ano, às 12 tribos de Israel e aos 12 signos do zodíaco, os quais representam a fragmentação do mundo físico, onde a Luz do Criador está oculta. O 13 se eleva acima dessas forças materiais, e nos leva à unidade do mundo espiritual. Morrer em uma noite de sexta-feira, depois de ter recebido o Shabat, era visto como particularmente honrosa para os mártires judeus. Então, tendo a sexta-feira 13 se tornado mais um dia para mártires judeus, os numerosos opressores começaram a interpretar o dia em suas formas negativas. No judaísmo o número 13 não indica o fim, mas sim a transformação, o renascimento”.
Fonte: Jornal ALEF/ edição 1482 de Agosto de 2010  – comunidade judaica [ jornalalefvirtual@jornalalef.com.br ]
Abaixo a reportagem na íntegra:
A sexta-feira 13 e o judaísmo
Jane Bichmacher de Glasman, escritora, doutora em Língua Hebraica,
Literaturas e Cultura Judaica; professora adjunta, fundadora e
ex-diretora do Programa de Estudos Judaicos da UERJ.
De acordo com o calendário judaico, “Yom Shishi”, a sexta-feira (qualquer uma) começa na véspera – na quinta-feira, “Yom Hamishi”. Já na sexta-feira ao anoitecer é sábado – “Erev” (véspera) Shabat! O homem (ser humano) foi criado, de acordo com o relato bíblico, na sexta-feira. E, neste dia, diferentemente dos outros em que D’us concluía com um “Está bom!”, Ele disse: ”Muito bom!”. Para quem gosta de uma leitura supersticiosa, este comentário divino torna a sexta “um dia de sorte” (junto com a terça-feira em que foi dito “Bom!” duas vezes – motivo pelo qual se costuma começar nas terças, por exemplo, calendário de aulas em escolas judaicas etc).
Tendo o homem sido criado na sexta-feira – ela se tornou também a data do primeiro Rosh Hahaná da humanidade (embora primeiro de Tishrei, que é o primeiro dia de Rosh Hashaná, jamais possa cair num domingo, quarta ou sexta-feira)! Quanto à possível conotação aziaga do número 13 na tradição judaica, ela, na verdade, não existe. Pelo contrário: 13 é um número extremamente positivo. No judaísmo, 13 é a idade na qual o jovem se torna bar-mitzvá, entrando assim na maioridade religiosa. Treze são também os princípios de “Fé Judaica” elaborados por Maimônides no seu “Comentário sobre a Mishná” e transformados em “Pyiut” (poema litúrgico), no hino “Yigdal”, em 1404.
Na língua hebraica os numerais são escritos com as letras do alfabeto (alefbet), às quais é atribuído um valor numérico. Assim, o número 13 escreve-se com as letras “? Yud” (10) e “? Guimel” (3). Para desvendar as leituras semióticas da numerologia hebraica (gemátria), é necessário analisar o simbolismo dado a cada letra. “Yud” (?) é a primeira letra da palavra yetzer (impulso), denotando a tendência humana tanto para o bem, o altruísmo (“Yetzer hatov”, aspecto positivo, o bom impulso) como para o mal, o egoísmo (“Yetzer hará”, aspecto negativo, o mau impulso). Cabalistas aconselham a meditação na letra “Yud” como forma de ultrapassar estagnação e inspirar mudança a nível espiritual. O “Yud” é também a primeira letra do tetragrama sagrado. O “Guimel” (?), por outro lado, reflete qualidades de bondade e crescimento. A expressão “guemilut hassadim” (boas-obras, atos de bondade) traduz a essência de “Guimel”, primeira letra também das palavras “Gadol” (grande), “Guibor” (poderoso, forte, herói) e “Guevurá” (coragem).
O número 13 era visto na tradição judaica como a adição divina para ao terreno 12, que está ligado aos 12 meses do ano, às 12 tribos de Israel e aos 12 signos do zodíaco, os quais representam a fragmentação do mundo físico, onde a Luz do Criador está oculta. O 13 se eleva acima dessas forças materiais, e nos leva à unidade do mundo espiritual. Segundo a Cabalá, 13 é a gemátria (valor numérico) da palavra “Echad”, que significa o número 1, a unidade, e, também, uma alusão a Deus. As palavras “Ahavá” (amor) e “Deagá” (preocupação) igualmente têm seu valor numérico 13. Assim como é 13 o valor das palavras “Ahavá” (amor) e “Echad” (unidade), denotando uma ligação intrínseca entre elas. Morrer em uma noite de sexta-feira, depois de ter recebido o Shabat, era visto como particularmente honrosa para os mártires judeus. Então, tendo a sexta-feira 13 se tornado mais um dia para mártires judeus, os numerosos opressores começaram a interpretar o dia em suas formas negativas. No judaísmo o número 13 não indica o fim, mas sim a transformação, o renascimento. A superstição que ronda o número 13 é, sem dúvida, uma das mais populares. Pode ter tido origem no dia 13 de outubro de 1307, sexta-feira, quando a Ordem dos Templários foi declarada ilegal pelo rei Filipe IV de França; os seus membros foram presos simultaneamente em todo o país e alguns torturados e, mais tarde, executados por heresia. Na Antiguidade, o número 13 tornou-se de mau agouro, depois que o Imperador Felipe da Macedônia acrescentou sua estátua às dos doze deuses do Olimpo. Logo em seguida, ele foi brutalmente assassinado. Eva ofereceu a maçã a Adão na sexta-feira, e o dilúvio começou no mesmo dia.
Triscaidecafobia é um medo irracional e incomum do número 13. O medo específico da sexta-feira 13 (fobia) é chamado de parascavedecatriafobia ou frigatriscaidecafobia. Ninguém sabe direito como a superstição surgiu. Alguns dizem que Jesus foi crucificado em uma sexta-feira 13. Além da versão histórica de perseguição aos templários, também existiam lendas nórdicas e cristãs sobre o sombrio treze. Sua origem é pagã, e não cristã como muitos pensam, e remonta a duas lendas da mitologia nórdica. De acordo com a primeira, houve no Valhalla, a morada dos deuses, um banquete para o qual doze divindades foram convidadas. Loki, espírito do mal e da discórdia, apareceu sem ser chamado e armou uma briga que terminou com a morte de Balder, o favorito dos deuses. Daí surgiu a idéia de que reunir 13 pessoas para um jantar era desgraça. A associação com a sexta-feira vem da Escandinávia e refere-se a Friga, a deusa da fertilidade e do amor (que deu origem a frigadag e Friday = sexta-feira). Quando as tribos nórdicas e alemãs se converteram ao cristianismo, Friga foi transformada em bruxa. Como vingança, ela passou a se reunir todas as sextas com outras 11 bruxas e o demônio, num total de 13 entes, para rogar praga sobre os humanos. Da Escandinava a superstição espalhou-se pela Europa. Isso serviu para incitar a raiva das pessoas contra Frigg, embora nem sequer existissem figuras malignas como o Diabo nessas culturas. Como a sexta-feira era um dia sagrado à deusa, e ao feminino, o advento ao patriarcado fez com que esse dia fosse o escolhido para ser dia amaldiçoado, como tudo o que dizia respeito às mulheres.
A Última Ceia, portanto, é uma posterior releitura dos mitos originais, onde havia 13 à mesa, às vésperas da crucificação de Jesus, que teria ocorrido numa sexta-feira. O 13° convidado teria sido o traidor causador da morte de Jesus, como Loki foi o causador da morte do filho de Odin. Especula-se, inclusive, que Jesus, sendo um iniciado, possa ter estipulado o número de pessoas à mesa em 13 precisamente por causa da magia do número.
Nas cartas do tarô, o Arcano 13 (Ceifador), é a carta da morte, por associação com as letras hebraicas. Estudantes da prática interpretam a carta como um sinal de mudanças do ponto de vista, de formas de viver, e profundas transformações internas e externas. Mesmo quando se refere à morte física, na concepção religiosa, esta não representa um fim em si; afinal os antigos viam a morte como uma passagem para outro mundo ou plano de existência, em geral com uma conotação evolutiva.

Para a Maçonaria = lembrando que foi no dia 13 de Outubro de 1307, exatamente em uma sexta-feira, que o rei Felipe IV, o belo, da França desencadeou a perseguição e prisão dos Cavaleiros Templários no território Francês.
Um dia especial para os maçons templários e das ordens de cavalaria, cujos graus são dedicados a essa causa.



01 abril 2025

QUAL O MOTIVO DO DIA DA MENTIRA (1° DE ABRIL)?

1º de Abril
(por: Prof. Dr. João Angelo – via Internet – original de 2000, atualizada em 01/4/2025).
<<<--- no dia 19/5/2025 a Torre Eiffel faz 136 anos.
No séc. XVI na França, o Ano Novo era comemorado no dia 25 de Março (início da primavera), era uma época de festa e celebração que durava até 1º de Abril. Em 1564, quando o calendário Gregoriano foi introduzido, o Rei Carlos IX decretou que o Ano Novo, deveria ser celebrado no dia 1° de Janeiro. Os mais conservadores se negaram a mudar a festa e continuaram a comemorar no período de 25 de Março à 1º de Abril. Alguns gozadores que aceitaram a mudança faziam travessuras, enviando trotes aos que insistiam com a data antiga. As "vítimas" eram chamadas de "poisson d'avril" ou “peixe de Abril” pois naquela época do ano, o Sol deixa o signo zodiacal de Peixes. Para identificar a pessoa que foi enganada era anexado (colado) um peixe de papelão em suas costas.
Ainda na França, Napoleão Bonaparte recebeu o apelido de "poisson d’avril" quando se casou com Maria Luísa da Áustria, em 1º de Abril de 1810.
Existe outra versão para o 1º de Abril: na cidade de Granada - Espanha, ao fim do domínio árabe, os mouros foram derrotados pelos cruzados cristãos. Apesar disso, eles se trancaram em suas casas fortificadas. Os cristãos pensaram numa maneira de se livrar dos mouros. Contaram aos mouros que poderiam deixar suas casas em segurança, levar somente o indispensável e que eles poderiam zarpar nos navios ancorados no cais. Os muçulmanos, desconfiados, se perguntaram se não era uma armadilha e foram chamados para inspecionar os navios, se convencendo que tudo estava bem. Fizeram seus preparativos para deixar a cidade. No dia seguinte, 1º de Abril, levaram seus pertences e foram para os navios. Depois de saírem, os cristãos saquearam e incendiaram suas casas. Antes que os muçulmanos chegassem aos navios, eles também foram incendiados. Finalmente, os cruzados atacaram e ninguém escapou com vida. Os cruzados festejaram sua vitória durante dias, e esta comemoração se tornou um ritual repetido durante muitos anos.
Também no dia 01/4/0033 que se deu numa 4ª-feira, foi realizada a última ceia de Jesus com seus apóstolos.
O dia da mentira chegou ao Brasil por Pernambuco em 1848 e continuam mentindo muito por aqui até hoje (vide alguns políticos...rs...rs...). Um pensamento muito oportuno de Affonso Romano de Sant’Anna, retrata bem este fato, ele diz: “Mentiram-me ontem e hoje mentem novamente. Mentem de corpo e alma, completamente. E mentem de maneira tão pungente que acho que mentem sinceramente. Mentem, sobretudo, impunemente. (...) E de tanto mentir tão bravamente, constroem um país de mentira - Diariamente!”
Na Roma antiga, a ressurreição do deus Átis era celebrada no dia 1° de Abril com o festival de Hilária, atualmente, o 1° de Abril lá é chamado de "o Dia da Risada Romana".
Na Índia, o dia 1° de Abril, dá início a primavera com o Holi (festival onde os indianos brincam pelas ruas, jogando pó colorido em quem estiver passando).
Como tudo iniciou na França, hoje ela ainda é considerada a "capital da mentira" (veja a ilustração acima da Torre Eiffel). Também sugiu daí a ideia do Walt Disney de criar o "Pinóquio" e de Ziraldo criar o "Menino Maluquinho".

Se você conseguir "ENGANAR" alguém no dia 1º de Abril, de maneira inteligente, conte-nos como foi, no comentário abaixo:



↑↑ Segunda-feira, 1° de Abril de 2025, fez 61 anos que o Jornal O Globo publicou este memorável artigo, que agora faz parte da História, que infelizmente a maior parte dos brasileiros desconhece e pior ainda que se insiste em continuar desconhecendo em face de sua grande aversão à História...


31 dezembro 2024

FELIZ 5786 ou 2025, para VOCÊ e sua FAMÍLIA:

SHANÁ TOVÁ UMETUKÁ !!! 
FELIZ ANO NOVO (em 16 de Setembro = 5786 no calendário Judaico ou 01 de Janeiro = 2025 no calendário Cristão)!!!
Dedico a você e sua família, esta mensagem de Carlos Drummond de Andrade, enviada para mim por minha prima (Drª Gisele Martignoni); as charges foram enviadas pelo meu amigo Eng° Everard Lucas e a outra é do amigo Silvério (publicado no Jornal AVS):

Para você ganhar um belíssimo Ano Novo cor de arco-íris ou da cor da sua paz, ano novo sem comparação com todo o tempo já vivido (mal vivido talvez ou sem sentido);
para você ganhar um ano novo não apenas pintado de novo, remendado às carreiras, mas novo na sementinha do vir-a-ser, novo até no coração das coisas percebidas (a começar pelo seu interior) novo, espontâneo, que, de tão perfeito, nem se nota, mas com ele se come, se passeia, se ama, se compreende, se trabalha, você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita, não precisa expedir nem receber mensagens, (planta recebe mensagens? passa telegrama?) não precisa fazer lista de boas intenções para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependimento pelas besteiras consumadas nem parvamente acreditar que, por decreto da esperança, a partir de janeiro as coisas mudem e seja tudo claridade, recompensa, justiça entre os homens e as nações, liberdade com cheiro e gosto de pão matinal, direitos respeitados, começando pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um ano novo que mereça este nome, você, meu caro, tem que merecê-lo, tem que fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre.

Que você consiga!

Feliz 5786 ou 2025 !!!
Texto de Carlos Drummond de Andrade.
As charges abaixo se repetem em 2015, 2016, 2017, 2018, 2019, 2020, 2021,2022,2023,2024 ... 2025








20112012

BOAS FESTAS e ÓTIMO 2025 ou 5786 para VOCÊ e sua FAMÍLIA:

PARA VOCÊ E SUA FAMÍLIA, O QUAL JULGO IMPORTANTÍSSIMO NO MOMENTO NATALINO, DESEJO QUE POSSAM SENTIR O VERDADEIRO E PROFUNDO SENTIDO DO NASCIMENTO DE CRISTO, E QUE POSSAM DIVIDIR ALEGRIAS COM SEUS AMIGOS, COM OS CARENTES, COM OS DOENTES, COM OS QUE NÃO TÊM FAMÍLIA !!!
BOAS FESTAS e ÓTIMO 2025 ou 5786 !!!
JOÃO ANGELO AUGURA A TUTTI BUON NATALE E UN FELICE ANNO NUOVO PIENO DI FELICITÀ, ALLEGRIE, SODDISFAZIONI E MOLTA SERENITÀ !!!

CLIQUE NO VÍDEO ABAIXO E CURTA ESTA LINDA MÚSICA...

Espero que o PAPAI NOEL em 2024 tenha dado bons presentes para VOCÊ e também para o NOSSO PLANETA TERRA.
João Angelo. (charges enviadas por meu amigo Everard Lucas).



04 dezembro 2024

As RENAS ou CARIBUS do PAPAI NOEL...















Quem são os Caribus ou as Renas [Rangifer tarandus] que ajudam o Papai Noel a distribuir os presentes de Natal em seu trenó voador?


Tive o prazer de ver de perto, em Gramado/RS em 2013, algumas Renas cuja taxonomia de Carlos Lineu, em 1758, as designa como Rangifer tarandus (foto abaixo da Rena da Aldeia do Papai Noel em Gramado/RS):
Cada uma das nove Renas de Papai Noel tem seu nome próprio, a principal por exemplo, Rudolph (Rodolfo), foi um personagem criado em 1939 por um funcionário (Robert L. May) de uma rede de lojas americanas. 
As demais Renas são: Cometa, Corredora, Cupido, Dançarina, Empinadora, Raposa, Relâmpago e Trovão, todas seguindo Rodolfo, a Rena do nariz vermelho, que ilumina os céus e anuncia a passagem do trenó. 
Seus nomes originais em inglês (em ordem alfabética) seriam: Blitzen, Comet, Cupid, Dasher, Dancer, Donner, Prancer e Vixen.
Os créditos pela criação dos nomes das oito renas são de um poema de 1823 escrito pelo americano Clement Clarke Moore, chamado “A Véspera de Natal” (“A Visit from St. Nicholas”)”.  O Rodolfo (que como já disse anteriormente, surgiu em 1939), já "sofria bullying", pelo detalhe considerado no mínimo estranho: seu nariz vermelho brilhante. Em certo Natal, Papai Noel viajava numa noite com muita neblina, viu seu nariz cintilando e pediu sua ajuda para cruzar os céus. Aí começa a história de Rodolfo.
As Renas do Papai Noel são as únicas que sabem voar, ajudando o bom velhinho a entregar os presentes para as crianças do mundo todo, na noite de Natal. Quando ele pede para serem rápidas, elas podem ser as mais rápidas renas do mundo, mas quando o Papai Noel quer, elas também podem ser muito lentas. O mito das renas foi inventado na Europa, no século XIX.
Já mencionada anteriormente, a rena Rudolph surgiu em 1939, quando a cadeia de lojas Montgomery Ward Company (de em Chicago - EUA), pediu ao seu colaborador Robert L. May para criar uma história de Natal que seria oferecida aos seus clientes, todos os anos, sob a forma de livros de Natal para colorir.
A história de Rudolph foi escrita em versos e conforme R. L. May os criava, ia testando-os com sua filha - Barbara (na época com 4 anos de idade) que adorava a história, porém, o patrão de May ficou preocupado com o fato de a rena ter um nariz vermelho, já que esta era uma figura por vezes associada à bebida e aos alcoólicos, não lhe parecendo a melhor base para uma história infantil. Para resolver esse problema, May levou Denver Gillen, um amigo do departamento de arte da Montgomery Ward, a um jardim zoológico para que fizesse um esboço de Rudolph. O desenho de Gillen de uma rena com um nariz vermelho brilhante colocou um ponto final na hesitação do patrão de May e a história foi finalmente aprovada.
A empresa distribuiu 2,4 milhões de cópias do livro “Rudolph, the Red-Nosed Reindeer”, em 1939 e, até ao final de 1946, foram distribuídas um total de seis milhões de cópias. Isto, apesar de muitas vezes haver escassez de papel por causa da 2ª Guerra Mundial. No período pós-guerra, a procura pela figura de Rudolph foi enorme. No entanto, como May tinha criado a história enquanto era funcionário, quem detinha os direitos como autor era a Ward. Seu criador não recebia royalties, não tinha participação nos lucros produzidos pela sua criação. Contudo, em Janeiro de 1947, conseguiu convencer o presidente da empresa a transferir os direitos autorais para ele. Assim, de posse de sua “criatura”, Robert L. May garantiu sua estabilidade financeira. “Rudolph, a rena do nariz vermelho” foi publicado para comercialização em 1947 e encenada nos EUA em forma de musical nos anos que se seguiram, com estrondoso sucesso.

Fonte: A Voz da Serra de 22/12/2012 e João Angelo em visita a Aldeia do Papai Noel em Gramado/RS Nov. 2013

Curiosidades sobre a Árvore Natalina - 2024

🌴No Brasil, de acordo com a tradição cristã, o dia para se montar a árvore de Natal é no primeiro domingo do Advento. Conforme o calendário religioso, este período engloba as quatro semanas que antecedem o Natal e simboliza a preparação para o nascimento de Jesus Cristo. Assim, em 2024, esta data é dia 01 de dezembro. Já montou a sua ?🌴
Quando pensamos em um santo, talvez em um primeiro momento não consideramos que essa pessoa seja ousada, empunhe um machado, um martelo ou que derrube árvores como os carvalhos. Entretanto, existe um santo assim, conhecido como São Bonifácio. Nascido na Inglaterra por volta do ano 680, Bonifácio ingressou em um monastério beneditino antes de ser enviado pelo Papa para evangelizar os territórios que pertencem a atual a Alemanha. Primeiro foi como um sacerdote e depois eventualmente como bispo.
Sob a proteção do grande Charles Martel, Bonifácio viajou por toda a Alemanha fortalecendo as regiões que já tinham abraçado o cristianismo e levou a luz de Cristo àqueles que ainda não o conheciam.
A respeito deste santo, o Papa Bento XVI disse no ano 2009 que “seu incansável trabalho, seu dom para a organização e seu caráter flexível, amigável e forte” foram fundamentais para o sucesso das suas viagens.
O escritor Henry Van Dyke o descreveu assim, em 1897, em seu livro The First Christmas Tree (A primeira árvore de Natal): “Que pessoa tão boa! Que boa pessoa! Era branco e magro, mas reto como uma lança e forte como um cajado de carvalho. Seu rosto ainda era jovem; sua pele suave estava bronzeada pelo sol e pelo o vento. Seus olhos cinzas, limpos e amáveis, brilhavam como o fogo quando falava das suas aventuras e das más ações dos falsos sacerdotes aos quais enfrentou”.
Aproximadamente no ano 723, Bonifácio viajou com um pequeno grupo de pessoas na região da Baixa Saxônia. Ele conhecia uma comunidade de pagãos perto de Geismar que, no meio do inverno, realizavam um sacrifício humano (onde a vítima normalmente era uma criança) a Thor, o deus do trovão, na base de um carvalho o qual consideravam sagrado e que era conhecido como “O Carvalho do Trovão”.
Bonifácio, acatando o conselho de um irmão bispo, quis destruir o Carvalho do Trovão não somente a fim de salvar a vítima, mas também para mostrar àqueles pagãos que ele não seria derrubado por um raio lançado por Thor.
O Santo e seus companheiros chegaram à aldeia na véspera de Natal, bem a tempo para interromper o sacrifício. Com seu báculo de bispo na mão, Bonifácio se aproximou dos pagãos que estavam reunidos na base do Carvalho do Trovão e lhes disse: “Aqui está o Carvalho do Trovão e aqui a cruz de Cristo que romperá o martelo do Thor, o deus falso”.
O verdugo levantou um martelo para matar o pequeno menino que tinha sido entregue para o sacrifício. Mas, o Bispo estendeu seu báculo para impedir o golpe e milagrosamente quebrou o grande martelo de pedra e salvou a vida deste menino.
Logo, dizem que Bonifácio disse ao povo: “Escutai filhos do bosque! O sangue não fluirá esta noite, a não ser que piedade se derrame do peito de uma mãe. Porque esta é a noite em que nasceu Cristo, o Filho do Altíssimo, o Salvador da humanidade. Ele é mais justo que Baldur, maior que Odim, o Sábio, mais gentil do que Freya, o Bom. Desde sua vinda, o sacrifício terminou. A escuridão, Thor, a quem chamaram em vão, é a morte. No profundo das sombras de Niffelheim ele se perdeu para sempre. Desta forma, a partir de agora vocês começarão a viver. Esta árvore sangrenta nunca mais escurecerá sua terra. Em nome de Deus, vou destruí-la”.
Então, Bonifácio pegou um machado que estava perto dele e, segundo a tradição, quando o brandiu poderosamente ao carvalho, uma grande rajada de vento atingiu o bosque e derrubou a árvore, inclusive as suas raízes. A árvore caiu no chão, quebrou-se em quatro pedaços.
Depois deste acontecimento, o Santo construiu uma capela com a madeira do carvalho, mas esta história foi muito além das destruições da poderosa árvore.
O “Apóstolo da Alemanha” continuou pregando ao povo alemão que estava assombrado e não podia acreditar que o assassino do Carvalho de Thor não tivesse sido ferido por seu deus. Bonifácio olhou mais à frente onde jazia o carvalho e assinalou um pequeno abeto e disse: “Esta pequena árvore, este pequeno filho do bosque, será sua árvore santa esta noite. Esta é a madeira da paz… É o sinal de uma vida sem fim, porque suas folhas são sempre verdes. Olhem como as pontas estão dirigidas para o céu. Terá que chamá-la a árvore do Menino Jesus; reúnam-se em torno dela, não no bosque selvagem, mas em seus lares; ali haverá refúgio e não haverá ações sangrentas, mas presentes amorosos e gestos de bondade”.

Desta forma, os alemães começaram uma nova tradição nessa noite, a qual foi estendida até os nossos dias. Ao trazer um abeto a seus lares, decorando-o com velas e ornamentos e ao celebrar o nascimento do Salvador, o Apóstolo da Alemanha e seu rebanho nos mostraram o que hoje conhecemos como a árvore de Natal.

Fonte: Internet livre
Adaptado: J. A. Teixeira (Dez. 2016 a 2024)
Fotos: Castello Athadara