REVISTA ELETRÔNICA de EDUCAÇÃO & SAÚDE.

REVISTA ELETRÔNICA de EDUCAÇÃO & SAÚDE (ano XLI) 2024 ou 5785
Criação e realização do biólogo e professor JOÃO ANGELO MARTIGNONI TEIXEIRA
Orientação e configuração do engenheiro e professor EVERARD LUCAS CARDOSO

26 março 2024

CRUCIFICAÇÃO de CRISTO e o "CORPUS CHRISTI":

Pesquisa de 2003 do prof. dr. João Angelo
Atualização: 26/3/2024.
(foto ao lado tirada do teatro na Via expressa em 28/3/2010 e publicada no Jornal A Voz da Serra)
A palavra latina "excruciar” (raiz de "cruciante") se refere a algo que causa grande agonia ou tormento. As raízes da palavra são: "ex” = por causa de ou sobre, e "cruciar” = cruz. Então: "excruciar" = "por causa de , ou sobre, a cruz".



Em Seus 36 ou 37 anos de idade, Jesus foi amarrado a um poste, sofrendo violento espancamento físico e chicotadas que deixaram suas costas inteiramente expostas, onde a pele (epiderme + derme), com +/- 2 mm de espessura, apoiada na tela subcutânea (nome atual da antiga hipoderme), era arrancada das costas, expondo uma massa ensanguentada de músculos e ossos (“hambúrguer”).
Os romanos usaram um chicote (flagrum ou flagellum) com pequenas partes de ossos e metais (talvez Fe e Pb; Z= 26 e 82 na T.P.) unidos a vários cordões de couro. A quantidade de chicotadas não é registrada nos evangelhos. O número de golpes na lei judaica era de 40 (Dt 25:3), mais tarde reduzido (pelos fariseus) a 39 para evitar golpes excessivos por um erro de contagem. A vítima geralmente morria devido à surra (com 39 golpes acreditava-se trazer o criminoso à "1 da morte"). A lei romana não tinha nenhum limite sobre o número de golpes a se dar.




Devido aos espancamentos houve perda de sangue (AB +, grupo sanguíneo considerado "receptor universal" que envolve mais ou menos 5% da população mundial) segundo estudos recentes no sudário (o sudário pertence ao Vaticano e fica guardado na Cappella della Sacra Sindone do Palácio Real de Turim, na Itália); houve também perda sanguínea devido aos espinhos (de 2,54 a 5,08 cm de comprimento) da "coroa" feita da planta Zizifus spina (Zizyphus ou Azufaifo - da família das ramináceas) atingindo o escalpo (área mais vascular na testa que firma os cabelos) com 60 a 70 perfurações [esta "coroa" encontra-se na Catedral de Notre Dame em Paris - cuja igreja foi incendiada em abril de 2019, mas "salvaram"(o capelão Jean-Marc Fournier do Corpo de Bombeiros) a "coroa"; esses sangramentos, foram enfraquecendo Jesus e podendo deixá-Lo inconsciente.
Depois do espancamento, Jesus andou num trajeto de +/- 595 m (chamado hoje de Via Dolorosa) para ser crucificado no “lugar do crânio ou da caveira” (em latim: Calvário; em aramaico: Golgota). O aramaico, língua semítica falada por Jesus, atingiu o apogeu entre os anos 300 a.C. e 650 d.C.,  falada ainda hoje em alguns lugares do Irã, Iraque e Síria, tem 22 letras no qual se escreve da direita para a esquerda e, deu origem ao hebraico e este, no final do séc. XIX, passou a ser a língua oficial de Israel.
O Calvário de Gordon é o ponto de maior altitude positiva de Jerusalém (777 m acima do nível do mar). Hoje neste Calvário, as cavernas na rocha estão situadas de tal maneira que dão ao local uma aparência de caveira. Jesus foi conduzido por ruas estreitas de pedras, cercadas por mercados daquele tempo, aglomeradas de gente, carregando a barra horizontal da cruz (chamada patibulum = patíbulo, pesando entre 36 e 50 kg) sobre Seus ombros. Ele estava cercado por 1 guarda romano, o qual carregava uma placa que anunciava Seu crime: o de ser "o Rei dos Judeus" em hebreu, latim e grego (o título era pendurado na cruz, sobre a cabeça da vítima, na hora da crucificação), por isso INRI (Iesus Nazarenus Rex Ioderum). No trajeto, Ele ficou incapaz de carregar a cruz; Simão o cireneu (natural da Cirenaica – região da Líbia - África), foi afetado pelo fato e intimado a ajudar.
Teorizam que Jesus talvez tenha caído ao ir descendo os degraus da Fortaleza de Antônio. Nesta queda com o pesado patíbulo nas Suas costas, talvez tenha tido uma contusão cardíaca, predispondo Seu coração a ruptura na cruz.
A crucificação era assim: o patíbulo era colocado sobre a terra e a vítima colocada em cima dele. Os cravos (pregos) de Fe (Z = 26), tinham +/- 18 cm de comprimento e 1 cm de diâmetro, eram cravados nos pulsos (na terminologia antiga, o pulso era considerado parte da mão). Os pregos entrariam no nervo mediano, causando choques de dor irradiados por todo o braço; o mesmo aconteceu na ruptura do nervo plantar do pé com um único cravo que passou entre o 2° e 3° metatarso.

Era possível colocar os pregos entre os ossos do corpo (ao todo 213 ossos = 22 na cabeça; 33 na coluna; 24 nas costelas; 1 esterno no tórax; nos membros superiores 64 e nos inferiores 62; no pescoço 1 hioide e 6 pequenos nas orelhas médias), de modo que nenhuma fratura (ou ossos quebrados - Jo 19:32-36; Ex 12:46) ocorressem. Estudos científicos mostram que os pregos provavelmente foram cravados através dos carpos (8 ossos pequenos do pulso) entre o rádio e a ulna no espaço de “Destot”. Pregos na palma da mão não suportariam o peso (de +/-80 kg de Jesus) de um corpo (de +/-1 m e 80 cm) e rasgariam a mão entre os metacarpos e falanges.
No local da crucificação estariam postes (em pé) com aproximadamente 2 m e 15 cm de altura. No centro dos postes estava um habitual assento (sedile ou sedulum) no qual servia como suporte para a vítima. O patíbulo era levantado sobre os postes.

Os pés (o esquerdo sobre o direito) eram pregados ao stipes (tronco vertical da cruz), para isto, os joelhos teriam que ser dobrados e girados lateralmente, deixando-O numa posição muito desconfortável.

Quando a cruz era erguida verticalmente, havia uma grande tensão posta sobre os pulsos, braços e ombros, resultando num deslocamento dos ombros e juntas dos cotovelos. Os braços sendo presos para cima e para fora, prenderam a caixa torácica numa fixa posição final inspiratória na qual dificultou o exalar, e impossibilitou ter completa inspiração do ar. O fato de ter tido pequenas respirações, talvez explique porque Jesus fez pequenas declarações enquanto estava na cruz. O tempo passava, os músculos, pela perda de sangue, falta de O2 e a posição fixa do corpo, passariam por fortes cãibras (contrações súbitas musculares). Pelas surras e chicotadas, Jesus sofreu severa hipovolemia (baixo volume de sangue); por isso Seu estado desidratado e a perda de força.
Pela defeituosa respiração, os pulmões Dele começavam a ter colapsos em pequenas áreas causando hipoxia (baixo teor de O2). Uma acidez respiratória, com a falta de compensação pelos rins devido à perda de sangue, resultou em um aumento da pressão cardíaca (batendo mais rápido para compensar); acumulando líquidos nos pulmões (vazou “água” e sangue na perfuração de +/- 5cm da lança no tórax do lado direito do corpo, feita pelo soldado ao confirmar Sua morte - Jo 19:34), sob o stress da hipoxia e acidez, o coração parou.
Em 2003, os astrônomos romenos: Liviu Mircea e Tiberiu Oproiu do Observatório do Instituto Astronômico da Romênia, estudaram através de programas de computador baseados na revolução dos planetas entre os anos 26 e 35 d.C. e descobriram que apenas por 2 vezes nesse período, a Lua cheia ocorreu imediatamente após o equinócio. A primeira Lua cheia foi numa sexta-feira 07/4/0030 e a segunda Lua cheia foi 03/4/0033.
Estes astrônomos, ainda baseados no Novo Testamento, onde diz que: Jesus morreu no dia após a primeira noite de Lua cheia após o equinócio de Verão e também se refere ao eclipse solar ocorrido durante a crucificação (Lc 22:53); concluíram por estes dados no computador que ocorreu um eclipse parcial do Sol em 33 d.C.

Na verdade, a última ceia de Jesus e seus apóstolos, se deu numa 4ª-feira, dia 01/4/0033. Por estudos científicos, podemos afirmar (afirmação também feita pelos astrônomos supracitados) que Ele morreu com 36 ou 37 anos de idade, às 15 h da sexta-feira do dia 03/4/0033 ressuscitando às 4 h da madrugada do dia 05/4/0033.
Ainda com auxílio de computadores, cientistas divulgaram em 2010 o "rosto de Jesus Cristo" e o "corpo de Jesus Cristo" (Corpus Christi) conforme os dados apurados no sudário e inseridos nos computadores, chegando aos resultados das respectivas fotos abaixo:
Aspectos Religiosos do Corpus Christi (ou Corpo de Cristo) - foto abaixo do nosso tapete do Col. Anchieta no ano de 2019 em 20 de Junho:


A história religiosa do Corpo de Cristo tem início no século XIII e foi instituída pelo Papa Urbano IV.
Um fato extraordinário ocorrido no ano de 1247, na Diocese de Liége, Bélgica, diz que Juliana de Cornillon, monja agostiniana, teve consecutivas visões de um astro semelhante à Lua, totalmente brilhante, porém, com uma incisão escura. Ela disse que o próprio Jesus Cristo revelou a ela que a Lua significava a igreja, e sua claridade o Corpo de Cristo. Juliana levou o caso ao bispo local que, em 1258, acabou instituindo uma festa (ou solenidade) em sua Diocese. O fato, na época, havia sido levado também ao conhecimento do bispo Jacques de Pantaleón, que quase duas décadas mais tarde, viria a ser eleito Papa Urbano IV.
O fator que deflagrou a decisão do papa e que confirmaria a antiga visão de (agora "Santa") Juliana se deu por um "milagre" ocorrido no 2° ano do pontificado de Urbano IV: o "milagre eucarístico" de Bolsena, na Itália, onde um sacerdote tcheco (Pe. Pietro de Praga), duvidando da presença real de Cristo na eucaristia depois da consagração do pão e do vinho, viu brotar sangue na hóstia (semelhante ao milagre de Lanciano, ocorrido no século VII). O fato foi levado ao Papa Urbano IV, que encarregou o bispo de Orvieto a levar a ele as alfaias litúrgicas embebidas com o sangue de Cristo. Instituída para toda a igreja, desde então, a data foi marcada por concentrações, procissões e outras práticas religiosas, de acordo com o modo de ser e de viver de cada país ou de cada localidade.
O Corpus Christi foi instituído pelo Papa Urbano IV com a Bula Transiturus (carta pontifícia de caráter solene), de 11 de Agosto de 1264, celebrada na quinta-feira após a festa da Santíssima Trindade (Pai + Filho + Espírito Santo), que acontece no Domingo depois de Pentecostes (Pente = 50 dias, depois da Páscoa, com a vinda do Espírito Santo sobre os apóstolos). A Eucaristia foi celebrada pela primeira vez na quinta-feira santa e o Corpus Christi é celebrado sempre na quinta-feira depois de Pentecostes.
A celebração do Corpus Christi lembra a caminhada do povo peregrino de Deus, em busca da terra prometida. Segundo o Antigo Testamento, esse povo foi alimentado com o maná no deserto e hoje o povo de Deus é alimentado com o Corpo de Cristo, onde o celebrante consagra duas hóstias grandes, sendo uma consumida e a outra apresentada aos fiéis para adoração de Cristo.

Referências: Ball, D. A. "The Crucifixion and Death of a Man Called Jesus". J Miss St Med Assoc 30(3): 77-83, 1989.
Bíblia.Bible, Amplified version. Zondervan Publishing House, Grand Rapids, Michigan, 1964. Davis, C.T. "The Crucifixion of Jesus:The Passion of Christ from a Medical Point of View". Ariz Med 22:183-187, 1965. Edwards, W.D., Gabel, W.J and Hosmer, F.E. "On the Physical Death of Jesus Christ." JAMA. 255 (11), pp. 1455-1463, 1986.Holman's Bible Dictionary, Holman Bible Publishers, 1991. McDowell, J. "The Resurrection Factor". Campus Crusade for Christ, Nashville, Tenn., 1981. Metherall, A.. "Christ's Physical Suffering" (Tape) Firefighters for Christ , Westminister, Ca. Fitzgerald, Benedict & Gibson, Mel; “The Passion of the Christ” (20th Century Fox– EUA), 2004.

No Facebook: "ARQUEOLOGIA NO CALVÁRIO DE GORDON" - (uma exploração arqueológica) - Antônio César Domingues Hedo - Tel. (11) 4521-0157 e (11) 9817-9101 - e-mail: acdhedo@hotmail.com.

3 comentários:

Anônimo disse...

' Nossα , que iinteressαnte isso, pαrα quem nαõo leo iisto αiindα leiiαm que é super interessαnte , Beiijos Joαõo ' Gleycielle Piller, Odette , 803

antoniocesar disse...

Se algum dia descobrirem os restos mortais de JESUS CRISTO possivelmente muitos outros detalhes virão à tona.
No Facebook "ARQUEOLOGIA NO CALVÁRIO DE GORDON" indico sua órbita direita como a entrada que chega até o NICHO OCULTO DE JESUS CRISTO e divulgo está teoria para possibilitar uma exploração arqueológica. Fones: 1145210157 e 1198179101 e-mail: acdhedo@hotmail.com
Antônio César Domingues Hedo

Unknown disse...

Perfeito !!