REVISTA ELETRÔNICA de EDUCAÇÃO & SAÚDE.

REVISTA ELETRÔNICA de EDUCAÇÃO & SAÚDE (ano XLI) 2024 ou 5785
Criação e realização do biólogo e professor JOÃO ANGELO MARTIGNONI TEIXEIRA
Orientação e configuração do engenheiro e professor EVERARD LUCAS CARDOSO

05 novembro 2012

HANS device = Proteção Cervical (do hioide, do pescoço e do crânio):

A sigla HANS - Head and Neck Support system (Sistema de Apoio para a Cabeça e Pescoço) + device (dispositivo), ajuda a proteger o crânio, pescoço (e o hioide), é um dispositivo que há anos está presente em outros códigos do automobilismo, mas que se tornou obrigatório na Fórmula 1, pela primeira vez, em 2003.

Porque usar o HANS device?
Seu propósito é reduzir dramaticamente o deslocamento da cabeça e pescoço do piloto, durante a desaceleração rápida causada por um acidente.
 
Isto reduz o risco de fraturas cranianas e de pescoço que são as maiores causas de morte em acidentes automobilísticos. Diferente de outros dispositivos ativos de segurança que equipam carros de passeio modernos, como airbags e cintos de segurança pré-tensionados explosivos, o HANS device é inteiramente passivo e não requer nenhum sensor eletrônico ou fonte de energia.
 
O sistema HANS foi inventado em meados dos anos 1980 pelo Dr. Robert Hubbard, professor de engenharia biomecânica da Universidade de Michigan nos EUA. 

Os karts não têm cinto de seguranga e desta forma o corpo está literalmente solto ao assento de fibra, causando um risco maior de fratura cervical. 
Na F1, Nascar, StockCar, embora o corpo do piloto esteja firmemente preso ao carro de corrida, através de cintos de segurança, a cabeça e o pescoço dele (ou dela) ficam sem suporte num eventual acidente. 
O capacete do piloto aumenta o peso da cabeça e no momento de pêndulo do balanço à frente, quem absorve maior impacto são os músculos do pescoço. Estas são as lesões por compressão-extensão, comuns em acidentes rodoviários, embora as forças envolvidas na Fórmula 1 sejam evidentemente muito maiores.
 
O sistema HANS device consiste em um colar de fibra de Carbono usado pelos pilotos à volta do pescoço e encaixado nos ombros (na cintura torácica) sob as faixas dos cintos de segurança. 

O capacete é conectado "com folga" ao colar HANS, através de três faixas que permitem o livre movimento da cabeça em operação normal. Num eventual impacto frontal, a quantidade de deflexão será controlada por estas faixas, enquanto o colar HANS se trava na posição pelo ajuste do cinto de segurança. 
A energia absorvida é transferida da base do crânio para a fronte - que é a mais apropriada para suportar a força do impacto.
 
O dispositivo HANS original foi liberado para venda em 1990, mas o tamanho excessivo do colar o tornava impróprio para a Fórmula 1 com cockpits estreitos e apertados. Após o terrível acidente de Mika Hakkinen em Adelaide, 1995 (no qual o piloto sofreu fratura craniana), a FIA instituiu um programa de pesquisa em conjunto com a DaimlerChrysler com o intuito de estabelecer a melhor maneira de proteger a cabeça dos pilotos em caso de grandes impactos. 
Por algum tempo, Airbags e sistemas de segurança ativos foram levados em consideração, mas a ênfase da pesquisa mudou para o HANS e o desenvolvimento de uma versão do sistema que fosse adequada para a Fórmula 1.
Com os resultados dos testes,o sistema HANS reduziu o movimento típico da cabeça em 44% , as forças aplicadas ao pescoço em 86% e a aceleração aplicada à cabeça em 68% - e até mesmo para impactos maiores, os resultados foram abaixo do limite de lesão. O sistema revisto foi certificado pela Fórmula 1 e tornou-se obrigatório para todos os pilotos a partir da temporada 2003.
No Brasil, poucas empresas vendem o modelo HANS DEVICE, por aproximadamente R$ 3700,00. 

O preço por aqui é alto, nos USA o mesmo produto sai por volta de U$ 695,00. O modelo mais indicado para praticantes de kart é o Model 20, com angulo de 20 graus.
 clique no vídeo abaixo:


Fonte: Leandro Claro em 02/11/2009 e adaptado por João Angelo para as aulas.

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