Obs: Até o ano passado (2022) foram confirmados 33 casos de Febre Maculosa aqui no Estado do Rio de Janeiro; 12 deles resultaram em mortes. Em 2021, foram 21 casos e 9 mortes; em 2020, 11 casos e 2 mortes. A transmissão é observada em maior número entre Junho e Setembro.
Agente etiológico:
Rickettsia rickettsii, bactéria gram-negativa intracelular obrigatória.
Vetores e reservatórios:
Os principais vetores e reservatórios no Brasil são os carrapatos do gênero Amblyomma, tais como Amblyomma cajennense; Amblyomma cooperi (dubitatum) e Amblyomma aureolatum. Porém, qualquer espécie de carrapato pode ser reservatório, por exemplo, o carrapato do cão, Rhipicephalus sanguineus.
Os equídeos, roedores como a capivara (Hydrochaeris hydrochaeris), marsupiais como o gambá (Didelphys sp) e o cão têm importante participação no ciclo de transmissão da febre maculosa. Porém, não há estudos suficientes que comprovem o envolvimento destes animais como reservatórios ou amplificadores de riquétsias, assim como transportadores de carrapatos potencialmente infectados.
Atenção para a prevenção:
Use roupas claras, pois ajuda a visualizar o carrapato (que é de cor escura);
Use calças, blusas com mangas compridas e botas ao caminhar em áreas arborizadas e gramadas; evitando vegetação alta;
Use repelentes de insetos;
Observe se animais de estimação estão com carrapatos;
Encontrando carrapatos aderidos ao corpo, remova-os (evitando seu esmagamento...) com uma pinça;
Não esmague o carrapato, mas puxe-o com cuidado e firmeza. Depois de removê-lo "inteiro", lave a área da picada com álcool e/ou sabão e água;
A rapidez da retirada dos carrapatos do corpo, diminui o risco de se contrair a Febre Maculosa. Todas as peças de roupas usadas em locais aqui mencionados anteriormente, devem ser colocadas em água fervente para a retirada dos insetos.
Sintomas da Febre Maculosa:
Febre;
Cefaleia (dor de cabeça intensa);
Náuseas e vômitos;
Diarreia e dor abdominal;
Dor muscular constante;
Inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés;
Gangrena nos dedos e orelhas;
Paralisia dos membros que se inicia nas pernas e pode chegar aos pulmões causando parada respiratória.
Além disso, com a evolução da febre maculosa é comum o aparecimento de manchas vermelhas nos pulsos e tornozelos, que não coçam, mas que podem aumentar em direção às palmas das mãos, braços ou solas dos pés.
Procure um médico para tratamento:
O tratamento é feito com antibiótico específico indicado pelo médico. Em alguns casos, pode ser necessária a internação da pessoa. A terapêutica é empregada por um período de sete dias, devendo ser mantida por três dias, após o término da febre. A demora/falta no tratamento da Febre Maculosa, pode agravar o caso podendo levar ao óbito.
Fonte e atualização até 2023: Fiocruz; saude.rj.gov.br e saude.es.gov.br - para as aulas/palestras do prof. João Angelo.
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