REVISTA ELETRÔNICA de EDUCAÇÃO & SAÚDE.

REVISTA ELETRÔNICA de EDUCAÇÃO & SAÚDE (ano XLI) 2024 ou 5785
Criação e realização do biólogo e professor JOÃO ANGELO MARTIGNONI TEIXEIRA
Orientação e configuração do engenheiro e professor EVERARD LUCAS CARDOSO

30 outubro 2024

CONTATOS com a Revista Eletrônica: "EXCITE-FRIBURGO" de EDUCAÇÃO & SAÚDE.

Idealizador: Prof. Dr. João Angelo Martignoni Teixeira
Correio eletrônico: biangelus@gmail.com

ou escreva-os nos comentários abaixo:

31 de Outubro ... Dia das BRUXAS e SACI-PERERÊ ...


O Halloween é uma festa comemorativa celebrada no dia 31 de Outubro, véspera do dia de Todos os Santos. Ela é realizada em grande parte dos países ocidentais, porém é mais representativa nos EUA, onde foi inserida pelos imigrantes irlandeses, quando lá chegaram em meados do século XIX.
A história desta data comemorativa tem mais de 2500 anos. Surgiu entre o povo celta, que acreditavam que no último dia do verão deles (31 de Outubro), os espíritos saiam dos cemitérios para tomar posse dos corpos dos vivos. Para assustar estes fantasmas, os celtas colocavam, nas casas, objetos assustadores como, por exemplo, caveiras, ossos decorados, abóboras enfeitadas entre outros.
Por ser uma festa pagã foi condenada na Europa durante a Idade Média, quando passou a ser chamada de Dia das Bruxas. Aqueles que comemoravam esta data eram perseguidos e condenados à fogueira pela Inquisição.
Com o objetivo de diminuir as influências pagãs na Europa Medieval, a Igreja cristianizou a festa, criando o Dia de Finados (2 de Novembro).

Esta festa, por estar relacionada em sua origem à morte, resgata elementos e figuras assustadoras. São símbolos comuns desta festa: fantasmas, bruxas, zumbis, caveiras, monstros, gatos negros e até personagens como Drácula e Frankestein.
As crianças também participam desta festa. Com a ajuda dos pais, usam fantasias assustadoras e partem de porta em porta na vizinhança, onde soltam a frase “doçura ou travessura”. Felizes, terminam a noite do 31 de Outubro, com sacos cheios de guloseimas, balas, chocolates e doces.



O Halloween no Brasil é uma comemoração recente, chegou por aqui através da grande influência da cultura dos EUA, principalmente vinda pela televisão. Os cursos de língua inglesa também colaboram para a propagação da festa aqui no Brasil, pois comemoram esta data com seus alunos, vivenciando a "cultura norte-americana".

Vários brasileiros defendem que a data nada tem a ver com nossa cultura e argumentam que o Brasil tem um rico folclore que deveria ser mais valorizado, por isto, foi criado pelo governo, em 2005, o Dia do Saci (comemorado também em 31 de Outubro).

O Saci-Pererê é um dos personagens mais conhecidos do folclore brasileiro, também comemorado em 31 de Outubro. Provavelmente, surgiu entre povos indígenas da região Sul do Brasil, ainda durante o período colonial (no final do século XVIII). Nesta época, era representado por um menino indígena de cor morena e com um rabo, que vivia aprontando travessuras na floresta.
Porém, ao migrar para o norte do país, o mito e o personagem sofreram modificações ao receberem influências da cultura africana. O Saci transformou-se num jovem negro com apenas uma perna, pois, de acordo com o mito, havia perdido a outra numa luta de capoeira. Passou a ser representado usando um gorro vermelho e um cachimbo, típico da cultura africana. Até os dias atuais ele é representado desta forma.

O comportamento é a marca registrada deste personagem folclórico. Muito divertido e brincalhão, o saci passa todo tempo aprontando travessuras na matas e nas casas. Assusta viajantes, esconde objetos domésticos, emite ruídos, assusta cavalos e bois no pasto etc. Apesar das brincadeiras, não pratica atitudes com o objetivo de prejudicar alguém ou fazer o mal.

Diz o mito que ele se desloca dentro de redemoinhos de vento, e para capturá-lo é necessário jogar uma peneira sobre ele. Após o feito, deve-se tirar o gorro e prender o saci dentro de uma garrafa. Somente desta forma ele irá obedecer seu “proprietário”.

Mas, de acordo com o mito, o saci não é voltado apenas para brincadeiras. Ele é um importante conhecedor das ervas da floresta, da fabricação de chás e medicamentos feitos com plantas. Ele controla e guarda os segredos e todos estes conhecimentos. Aqueles que penetram nas florestas em busca destas ervas, devem, de acordo com a mitologia, pedir sua autorização. Caso contrário, se transformará em mais uma vítima de suas travessuras.

A crença neste personagem ainda é muito forte na região interior do Brasil. Em volta das fogueiras, os mais velhos contam suas experiências com o saci aos mais novos. Através da cultura oral, o mito vai se perpetuando. Porém, o personagem chegou aos grandes centros urbanos através da literatura, da televisão e das histórias em quadrinhos.

Quem primeiro retratou o personagem, de forma brilhante na literatura infantil, foi o escritor Monteiro Lobato. Nas histórias do Sítio do Pica-Pau Amarelo, o saci aparece constantemente. Ele vive aprontando com os personagens do sítio. A lenda se espalhou por todo o Brasil quando as histórias de Monteiro Lobato ganharam as telas da televisão, transformando-se em seriado, transmitido no começo da década de 1950. O saci também aparece em várias momentos das histórias em quadrinhos do personagem Chico Bento, de Maurício de Souza.
Curiosidade:

- O Saci-Pererê é o mascote do time de futebol Sport Club Internacional de Porto Alegre.

25 setembro 2024

ACTA e PASSIO (COSME e DAMIÃO) e o dia mundial da doação de órgãos.

26 e 27 de Setembro: Cosme (Acta) e Damião (Passio)

O nome Cosme significa "enfeitado" (do radical grego Kosmetos) e Damião significa "popular" (do radical grego Demos).
Comemora-se nestas datas a festa de dois santos especiais para a Igreja Católica e por religiões afro-brasileiras, como o Candomblé, que enfeitam lugares com bandeiras e vários desenhos onde, para relembrá-los, se tem a tradição de distribuir doces para crianças e adolescentes.
Cosme e Damião foram exercer medicina na Síria, em Egeia (atualmente Ayas, no Golfo do Iskenderun, Cilícia, na Ásia Menor), sem receber qualquer pagamento, curavam em nome de Jesus Cristo, orando e realizando diversas curas e inúmeros milagres. 
Na Grécia Antiga existiam registros de cultos a estes santos, que percorreram séculos e são festejados por diversas religiões. Hoje são os padroeiros dos Farmacêuticos, das Faculdades de Medicina, barbeiros e cabeleireiros e protegem orfanatos, creches, doceiras, filhos em casa, além de doenças como hérnia e peste.
A história destes dois santos cujo os nomes eram Acta e Passio, começa no século III da era cristã, em Egeia, e é envolta em lendas e folclores. Estes gêmeos nasceram na Arábia, eram filhos de uma família que se converteu ao cristianismo quando os dois eram adolescentes. Cosme e Damião tinham mais três irmãos, Antimo, Leôncio e Euprepio.
Teoricamente, se tornaram médicos graças a um homem (Levi), que lhes transmitiu seus próprios conhecimentos e, através do ofício da medicina, os dois puderam cativar mais pessoas para o exercício da fé cristã. Curavam não só por seus tratamentos médicos, mas também através das orações que faziam. 
Devotos fervorosos e muito respeitados na comunidade, Cosme e Damião chamaram a atenção das autoridades locais. Neste período, o imperador romano Diocleciano havia autorizado a perseguição aos cristãos, uma vez que estes despertaram sua ira por serem fiéis a Jesus e não idolatrarem as esculturas consideradas sagradas pelo Império Romano.
Os irmãos, então, por ordem do prefeito Lísias, foram perseguidos, presos, sofreram diversos tipos de tortura, mas mantiveram sua fé: "Nós curamos as doenças em nome de Jesus Cristo, pela força do Seu poder”, afirmavam. 
Deu-se a condenação à morte. Quatro soldados os atingiram com setas, mas os irmãos resistiram, assim como sobreviveram a pedradas e flechadas. Os militares recorreram à decapitação por espada. Cosme e Damião morreram no dia 27 de Setembro como mártires e seus três irmãos (Antimo, Leôncio e Euprepio) também. Tiveram seus corpos transportados para Roma.
Cem anos depois, no entanto, iniciou-se uma verdadeira idolatria aos seus restos mortais. Foram esculpidas imagens em sua homenagem, as quais eram absolutamente reverenciadas. Até que, por volta do ano 520 d.C, dois séculos depois, em Roma, uma basílica foi construída a pedido do Papa Félix IV para honrar Cosme e Damião. A solenidade de consagração desta basílica foi no dia 26 de Setembro (daí a tradição dos católicos de festejar os dois santos nesta data).
Aqui no Brasil, o culto aos santos começou em 1535, quando foi erguida a primeira igreja católica do país, em Igarassu (PE), que recebeu o nome deles. Mais tarde, como os escravos não podiam professar a própria crença, era preciso que houvesse o sincretismo religioso da devoção trazida pelos portugueses com o culto aos orixás-meninos - os Erês - da tradição africana yorubá. Na umbanda e no candomblé, os santos gêmeos são tão populares quanto Santo Antônio e São João. As festas que homenageiam Cosme e Damião ocorrem no dia 27 de Setembro e nelas distribui-se doces e balas às crianças. Na década de 1970, o Vaticano mudou oficialmente para 26 de Setembro o dia de homenagear os santos, mas na tradição popular a data antiga foi mantida. E no dia 01 de Novembro pela igreja Ortodoxa.


Reeditado em 26/9/2014 a 2024 por João Angelo (baseado em diversas pesquisas, entre elas, algumas publicações do Jornal A Voz da Serra).

19 setembro 2024

RELÓGIO BIOLÓGICO X HORÁRIO DE VERÃO 2019 ou 5780 // 2024 ou 5785:

A parte da ciência que estuda este fato é a Cronobiologia. Entre outros fatores, a Cronobiologia estuda uma estrutura do nosso corpo, localizado no cérebro, que regula os horários de funcionamento do organismo. Dentro do hipotálamo existe um conjunto de células nervosas, que formam o Núcleo Supra-quiasmático e, ao emitirem sinais elétricos de forma rítmica, determinam o tempo no nosso organismo.
Pesquisa científica conduzida por laboratórios de cinco países da América do Sul com 9.251 pessoas no Brasil (em 2008) mostrou que 46% da população sente algum tipo de desconforto com o começo do horário de verão, entre elas:
Insônia, falta de apetite, cansaço, diminuição do rendimento no trabalho / escola, alterações no relógio biológico.
Entre os distúrbios resultantes da mudança está a dificuldade para dormir e a sonolência pela manhã. O corpo humano se prepara para acordar poucas horas antes do nascer do Sol, a temperatura começa a aumentar e o hormônio produzido pelas Glândulas Endócrinas Suprarrenais ou Adrenais - o Cortisol ou Hidrocortisona (C21H30O5) apelidado de "hormônio do estresse" (molécula no esquema ao lado) - atinge seu pico no organismo. Mas quando, como no "horário de verão", se é obrigado a acordar mais cedo, essas reações ficam fora de sintonia. O resultado desse desajuste é um sono mais curto, que leva à sonolência e à consequente falta de atenção, além de dificuldades de memória e outros problemas, que variam de pessoa para pessoa.

Sugestões:
a) Adiante os horários de refeições em uma hora. Caso isso não ocorra, o ideal é manter horários próximos e não almoçar um dia às 12 horas e no outro às 14 horas. Isso desregula o organismo.
b) Evite bebidas alcoólicas durante à noite no início da adaptação ao novo horário. Evite os cigarros e tenha uma alimentação saudável.
c) Tome banho morno, antes de ir dormir, relaxa bastante.
d) Aumente o consumo de frutas, sucos, chás gelados e se hidrate bastante nessa época.


Observações:
a) No Brasil não há ainda, estatísticas sobre os prejuízos causados pelo desajuste do relógio biológico, mas estudos da Universidade de British Columbia, EUA, dá conta que os acidentes de trânsito aumentam 8% no dia seguinte à implantação ao horário de verão.


Quando terminou o horário de verão em 2019?
A 49ª edição do "horário de verão" (2018-2019) teve início à zero hora do dia 04 de Novembro de 2018 ou 5779 e terminou à zero hora do dia 16 de Fevereiro de 2019 ou ainda 5780. Significa que, da noite de Sábado 15 para Domingo 16, as pessoas que moravam nas regiões onde o horário de verão vigorou deveriam "atrasar" seus relógios em uma hora.

Quando iniciará o horário de verão em 2024?
Estamos aguardando a decisão do governo atual, mas provavelmente será posterior as eleições deste ano de 2024...


Quem teve a ideia do horário de verão?
O “horário de verão” foi cogitado pela 1a vez em 1784, por Benjamin Franklin (clique em "cientistas" no índice a direita...) observando que, nos meses de verão, o Sol nasce antes que as pessoas se levantassem.
Pensou ele: se os relógios fossem adiantados, a luz do dia seria mais bem aproveitada. O povo iria acordar, trabalhar e estudar em consonância com a luz do Sol, e com isso não se usariam tantas velas nas casas e fábricas daquela época.
Apesar de ter sido um cientista e político influente nos EUA, sua ideia, na época, não saiu do papel. Só em 1907, na Inglaterra, o construtor William Willett da Sociedade Astronômica Real, fez uma campanha para alterar os relógios no verão, reduzindo o "desperdício de luz diurna". A Alemanha, em 1916, também foi o 1o país no mundo a implantar o horário de verão, adotando a ideia de Franklin.

BENJAMIN FRANKLIN (*17/01/1706 +17/4/1790):

O diplomata, político e cientista Benjamin Franklin contribuiu para a independência dos EUA, por isso mesmo sua foto está estampada nas cédulas de 100 dólares até hoje. Ele fazia parte da Maçonaria (clique em "Maçonaria" no índice a direita). 
Outras importantes realizações:
* Sugeriu o "Horário de Verão";
* Inventou as lentes (óculos) bifocais em 1784;
* Demonstrou a existência de duas cargas elétricas (+ e -);
* Provou que o relâmpago (a luz) era uma grande descarga elétrica (o raio) pela proximidade de nuvens carregadas eletricamente, depois de várias experiências em Outubro de 1752;
* Inventou o para-raios;
* Inventou em 1761 uma gaita de vidro (para sua satisfação pessoal), resultado da inspiração de Handel Water Music tocando em taças de vinho.
* Inventou o odômetro simples (uma espécie de "conta-quilômetros", um dispositivo que ajuda a medir a distância percorrida por um veículo) para medir a distância que a sua carruagem coberta percorria, enquanto trabalhava como o Postmaster General (entregando cartas de correio); com isto ele descobria as melhores rotas que deveria fazer, de forma a minimizar as distâncias de que precisava para viajar e entregar o correio.
* Sugeriu a construção de navios com compartimentos estanques para prevenir naufrágios;
* Inventou o aquecedor a lenha de Franklin ou Franklin Stove, muito popular na época, onde havia uma saída para corrente de ar na área de aquecimento, o que favorecia o funcionamento deste equipamento;
* Criou o 1° "corpo de bombeiros voluntários" dos EUA;
* Criou a 1ª biblioteca pública gratuita nos EUA;


Obs. sobre o Horário de Verão que começa em 0?/1?/2024 ou 5785 e vai até ??/0?/2025:

O horário de verão foi cogitado pela primeira vez em 1784, por Benjamin Franklin, um dos homens mais influentes da história política e científica dos EUA. Partindo da observação de que, durante parte do ano, nos meses de verão, o Sol nascia antes que a maioria das pessoas se levantasse, ele concluiu que, se os relógios fossem adiantados, a luz do dia poderia ser melhor aproveitada. A maioria da população passaria a acordar, trabalhar e estudar em consonância com a luz do Sol, e com isso não se consumiriam tantas velas nas fábricas e residências daquela época (obs. o pai de Benjamin Franklin era comerciante de velas).
A ideia de Franklin, na época, não chegou a sair do papel. Em 1907, na Inglaterra, um construtor chamado William Willett, membro da Sociedade Astronômica Real, deu início a uma campanha que propunha alterar os relógios no verão para reduzir o que classificava de "desperdício de luz diurna". Willett morreu em 1915, um ano antes de a Alemanha adotar sua tese e se tornar o primeiro país no mundo a implantar o horário de verão.
Clique em "Biologia" ou "Ciências"  no índice a direita desta página em "Relógio Biológico X Horário de Verão" para ver mais detalhes.



Benjamin Franklin está homenageado na cédula de U$ 100,00 (Cem dólares).










Pensamentos e Frases curiosas de Benjamin Franklin:

"A fome espreita a porta do homem laborioso, mas não se atreve a entrar".
"Aquele que persegue duas coisas de uma só vez não alcança uma delas e deixa a outra escapar".
"Investir em conhecimentos rende sempre melhores juros".
"O contentamento torna os pobres em ricos; o descontentamento torna os ricos em pobres".
"O homem fraco teme a morte, o desgraçado a chama; o valente a procura. Só o sensato a espera".
"Onde mora a liberdade, ali está a minha pátria".
"Ser humilde com os superiores é uma obrigação, com os colegas é uma cortesia, com os inferiores é uma nobreza".
"Três pessoas podem manter um segredo, se duas delas estiverem mortas".
" Não deixes para amanhã o que podes fazer hoje".

Atualização do nosso sistema solar (2024)

 https://fb.watch/uIzf01VI3J/

Estamos no ano 5785 no calendário judaico ou hebraico...

O calendário judaico ou hebraico é mais antigo que o gregoriano; existe há mais de 3300 anos, quando D'us mostrou a Moisés a Lua Nova, no mês de Nissan, duas semanas antes da libertação dos filhos de Israel do Egito, no ano 2448 após a Criação do mundo. A partir dessa época, o povo judeu recebeu um calendário especial, diferente dos outros já existentes.
De que modo este calendário se distingue? O calendário judaico é lunissolar (os meses seguem as fases da Lua), porém leva-se em conta as estações do ano.
O mês lunar compreende o tempo que decorre de um Novilúnio até o próximo, consistindo de 29 dias, 12 horas, 44 minutos e 3,33 segundos. Como é impossível incluir num mês períodos fracionados como meios dias, horas e minutos, calculamos normalmente os meses de 29 e 30 dias, alternadamente. Desta forma resolve-se o problema das 12 horas excedentes que, uma vez são abatidas do mês de 29 dias e outra vez acrescidas no mês de 30 dias.
Mas, os períodos lunares abrangem além das 12 horas referidas, também uma fração de cerca de 44 minutos. Surge então a necessidade de resolver este problema adicional. Além disso, seria muito complicado que o dia santificado de Yom Kipur caísse no dia antes ou depois do Shabat; se o Yom Kipur fosse na 6ª-feira ou no domingo, teríamos 2 dias consecutivos proibindo qualquer tipo de trabalho, inclusive a preparação dos alimentos e, em caso de morte, não haveria enterro por 2 dias e de acordo com a Lei Judaica, não poderíamos retardar o funeral.
Para solucionar essas questões, adiciona ou subtrai-se um dia em determinados anos, para Yom Kipur nunca cair numa 6ª-feira ou num domingo, e que outras festividades também não caiam em certos dias da semana. Deste modo fica resolvido o problema dos 44 minutos que sobram.
É possível saber se qualquer um dos meses será completo (com 30 dias) ou incompleto (com 29 dias), observando-se a data de Rosh Chôdesh do mês seguinte. Se houver 2 dias de Rosh Chôdesh, significa que o mês que termina é completo; assim sendo o 30° dia é sempre o 1° dia de Rosh Chôdesh do próximo mês. Quando um só dia é Rosh Chôdesh, o mês que acaba tem somente 29 dias.
Ainda é preciso da matemática, pois o calendário judaico baseia-se nas fases da Lua, diferente do calendário gregoriano que segue a rotação do Sol. Afirmamos também que podemos ter 29 ou 30 dias em cada mês do calendário judaico, mas nunca menos ou mais.
Um ano no calendário judaico tem 354 dias; ou seja, o ano lunar tem 11 dias menos do que o ano solar, que tem aproximadamente 365 dias (no calendário gregoriano).
Qual é a importância disto? Aconteceria o seguinte: as festividades, neste caso, caminhariam para trás, cerca de 11 dias em cada ano, até que a festa de Pêssach, que deveria ser celebrada na Primavera (considerando as estações em Israel), cairia no meio do Inverno; e Sucot que é no Outono, seria em pleno Verão, etc...
A Torá diz que deve-se comemorar cada festividade na respectiva estação; por isso não ignora-se o sistema solar que determina as 4 estações do ano e não pode-se deixar os 11 dias e as frações para trás.
A solução é fazer com que estes se acumulem até inteirar 1 mês, quando então adiciona-se esse mês ao ano lunar. Assim é que nestes referidos anos tem-se 2 meses de Adar: Adar I e Adar II. Este ano é denominado embolísmico.
Informações suplementares: o ano do calendário judaico tem 354 dias dividido em 12 meses de 29 e 30 dias alternadamente. Tal ano é denominado "regular". Mas como já explicamos acima, em alguns anos deve-se acrescentar ou subtrair 1 dia de um dos meses. Este dia é adicionado ao mês de Cheshvan (30 no lugar dos costumeiros 29); então o ano é chamado de "completo". Quando o dia é subtraído, é retirado do mês de Kislev (29 dias no lugar do normal 30) e o ano é chamado de "incompleto". Assim, o ano normal de 12 meses poderá ter 353, 354 ou 355 dias, enquanto o ano embolísmico teria 383, 384 ou 385 dias.
O calendário judaico é reorganizado em pequenos ciclos de 19 anos, cujas datas se coincidem com as do calendário gregoriano. Os anos embolísmicos são formados no terceiro, sexto, oitavo, décimo-primeiro, décimo-quarto, décimo-sétimo e décimo-nono anos desse ciclo.
Há mais de 1600 anos, os sábios do Talmud, que não tinham computadores, calculadoras ou outros aparelhos sofisticados, deixaram por escrito o cálculo das datas do calendário judaico até o ano 6000 da Criação do mundo, que corresponde a 30 de Setembro de 2239.



As fotos que ilustram cada signo a seguir, são do Fotógrafo Askadiusz Branicki que resolveu criar um horóscopo um pouco diferente, pois ele acredita que cada pessoa pode usar seu corpo para demonstrar diversas manifestações de criatividade. Ele criou a série ‘’Zodiac’’, em que mulheres posam como se fossem os símbolos das 12 constelações e seus respectivos signos. Confira o resultado após a descrição de cada signo:

Áries (Nissan):
Este é o 1° mês do Zodíaco Judaico e é governado pela letra hê (h), "o sopro da fala", a partir da qual evoluem todos os outros sons. Os seres humanos distinguem-se das outras criaturas pelo poder da fala, sua capacidade de comunicar seus pensamentos aos outros. Assim, "falar corretamente" é o início do crescimento espiritual. A celebração deste mês é Pêssach. Durante a refeição de Pêssach, emprega-se o poder da fala para o propósito mais elevado: comunicar-se aos filhos (e à criança que existe dentro de nós) a experiência da miraculosa presença de D'us na vida e na história. A tribo deste mês é Yehudá, o líder real, do qual descendem os monarcas judeus. O sacrifício de Pêssach no Templo foi um cordeiro, o que reflete o signo de Áries.


Touro (Iyar):
Iyar é o mês entre o renascimento espiritual em Nissan e a nova maturidade - que se alcança ao receber a Torá - em Sivan. Da mesma forma, a letra deste mês, vav (v), representa a linha reta da verdade. O signo de Touro, representado pelo animal do mesmo nome, significa a individualidade e a teimosa devoção à esta verdade, o pré-requisito para a maturidade. Iyar é portanto o mês do "pensamento correto," o atributo no qual as pessoas devem concentrar-se, preparando-se para receber a Torá. A tribo deste mês, Yissachar, destacava-se pela sua amorosa devoção ao estudo de Torá.


Gêmeos (Sivan):
Este é o mês do "movimento correto," de aprender como caminhar nas trilhas da Torá que os judeus receberam novamente em Shavuot. Este mês é governado pela letra zayin (z), que significa "arma" (a Torá é a arma contra o mal). Andar nos caminhos da Torá é sintetizado pela tribo deste mês, Zevulum, a tribo de navegadores que apoiou a tribo Yissachar em seu estudo de Torá. Estes dois irmãos tinham carreiras diferentes mas trabalhavam juntos, simbolizados pelo signo astrológico de Gêmeos. O conceito de gêmeos também evoca a imagem das 2 tábuas no Monte Sinai, e a associação de D'us e o povo judeu na Torá.


Câncer (Tamuz):
O mês é governado pela letra chet (ch), que significa "temor". Câncer, o caranguejo, é uma criatura passiva que tende a correr e esconder-se. O desafio dos meses do verão é usar as faculdades de pensamento, fala e ação de forma temente a D'us, e afastar-se de situações que obstruam a consciência Divina. A consequência por negar a consciência Divina é a triste comemoração da destruição do Templo neste mês e no próximo. A tribo deste mês é Reuven, cujo nome origina-se da palavra para "visão," a faculdade que deve-se aperfeiçar neste mês. "Enxergar erradamente" leva à destruição e ao luto; através da "visão correta" aumenta-se a santidade do mundo, concentrando-se naquilo que é positivo.


Leão (Av):
Neste mês, cultiva-se a "audição correta", mencionada no nome da tribo deste mês, Shimeon, que vem da palavra para "audição". A Nove de Av, prantea-se o Templo Sagrado, destruído por nações, Babilônia e Roma, que se assemelhavam a leões - daí a associação com o signo de leão. A letra que governa este mês, tet (t) tem o significado negativo de "areia movediça", mas é também a 1ª letra da palavra "bom" (tov), pois pode-se atingir os níveis mais elevados transformando os níveis mais baixos no bem.


Virgem (Elul):
Corrigir os atributos dos meses anteriores, leva os judeus ao mês do retorno, Elul, quando concentram-se na "ação correta". Faz-se um inventário e prepara-se espiritualmente para as Grandes Festas. O desejo de atingir uma nova inocência no relacionamento com D'us é expressado pelo signo deste mês, Virgem. A letra regente deste mês, yud (y), significa "mão", lembra o sincero arrependimento por falhas e resoluções para o futuro que devem se refletir nas ações de cada pessoa. A tribo deste mês, Gad, era formada de arqueiros que aperfeiçoaram a faculdade da ação, desafiando as forças do mal e conquistando a Terra de Israel.


Libra (Tishrei):
Neste mês do "sentimento correto", D'us pesa e avalia as ações passadas das pessoas, determinando como Ele distribuirá as bênçãos da vida no ano vindouro. Isto está refletido pelo signo Libra, as balanças. A nova inocência, que introduz-se no relacionamento com D'us durante o mês precedente de Elul, é agora realizada através de uma sucessão de dias festivos, começando com Rosh Hashaná. Tishrei é, portanto, o mês da união conjugal entre D'us e Israel. Este mês do "sentimento correto" é governado pela letra hebraica lamed (l), a 1ª letra da palavra "coração" (lev). O nome da tribo deste mês, Efraim, significa "frutífero", expressando a união com D'us e as repercussões positivas por todo o ano vindouro.


Escorpião (Cheshvan):
Em Cheshvan, integra-se a inspiração de Tishrei à vida real. Não há dias festivos, somente a vida do dia a dia. O valor numérico da letra hebraica deste mês - nun (n) - é 50, indicando os 50 níveis de consciência Divina que pode-se atingir quando a pessoa está espiritualmente ativa, e os 50 níveis de impureza nos quais pode-se afundar quando a pessoa deixa que a vida "simplesmente passe". O veneno do escorpião é frio, simbolizando o perigo de abordar a vida sem paixão. O nome da tribo deste mês, Menashe, também soletra "sopro" (neshimá), conectando-o ao sentido de refinar-se neste mês, o olfato. O olfato é considerado o mais espiritual dos sentidos, indicando o potencial deste mês para um elevado senso de espiritualidade.


Sagitário (Kislev):
Durante este mês, trabalha-se em "correto relaxamento" ou sono, que resulta na dedicação à "ação correta" durante as horas de atividade das pessoas. O nome da letra deste mês, samech (s), significa "confiança".
A confiança verdadeira em D'us, dá a certeza de afirmar a santidade das pessoas e resistir àqueles que a desafiam. Isso está refletido na celebração de Chanucá, e o signo astrológico de Sagitário, o arqueiro. "Relaxamento correto", usando o descanso como um meio para a ação adequada, ajuda a canalizar os esforços ("mirando" o arco) na direção correta. Da mesma forma, a tribo deste mês, Binyamin, possuía valentes guerreiros. Seu território continha o local do Templo Sagrado, onde as preces e sonhos são dirigidos.


Capricórnio (Tevet):
Este mês, cultiva-se "a ira correta". O Talmud diz que sempre deve-se considerar os outros favoravelmente, e que a "ira" é algo que quase sempre deve ser evitado. Existe também uma "ira positiva", o senso do que se deva rejeitar. O nome da tribo deste mês, Dan, significa "julgar". A letra deste mês, ayin, significa "olho". Tem-se 2 olhos para discernir constantemente o que aceitar na vida, e o que rejeitar. A capacidade de constantemente rejeitar o negativo é simbolizada por Capricórnio (a cabra) conhecida por sua tenacidade.


Aquário (Shevat):
A festa deste mês, Tu Bishvat, é celebrada comendo-se frutos da árvore, refletindo o atributo deste mês, "alimentar-se corretamente". A letra deste mês, tsadic (ts), significa "justo", lembrando do versículo "os justos alimentam-se para nutrir a alma". O verdadeiro teste da espiritualidade individual é tornar-se a alimentação (e todas as outras atividades mundanas) uma experiência espiritual, ou se render à gratificação sensorial. Purificando as atitudes quanto à materialidade, tornando-se conduítes na distribuição da benevolência de D'us ao mundo. Isso está refletido no signo de Aquário, o distribuidor de água. O território de Asher, a tribo deste mês, produzia alimentos em abundância.


Peixes (Adar):
Os peixes vivem nos recessos ocultos do mar. A Festa principal deste mês é Purim, que celebra a mão oculta de D'us na história. A letra deste mês, cuf (c), significa "macaco". Reconhece-se que D'us está oculto quando fazem máscaras em Purim, imitando ("macaqueando") qualquer pessoa que queiram. A celebração de Purim derruba as inibições que ocultam a essência interior. Normalmente, transformar o mal em santidade é um processo metódico. Entretanto, os Sábios ensinam que "o júbilo derruba todas as fronteiras". Através do "riso correto", atributo deste mês, transforma-se obstáculos em oportunidades, um decreto para a destruição em um dia de celebração. Efetua-se esta transformação com a velocidade da tribo deste mês, Naftali, o mais rápido dos filhos de Yaacov.


Fonte principal: http://www.chabad.org.br/datas/calendario/index.html  - adaptado por João Angelo.

Dia 3 de Setembro = Dia do BIÓLOGO. Parabéns para mim... e aos meus antigos alunos que me "aguentavam" nas aulas/laboratórios!!! Como é a vida de um BIÓLOGO ?!


(texto humorístico enviado pelo meu amigo Everard da Bahia)
Biólogo não cheira, estimula os bulbos olfativos.
Biólogo não toca, recebe estímulos táteis.
Biologo não bebe água, faz osmose.
Biólogo não faz sexo, perpetua a espécie.
Biólogo não f...., multiplica-se.
Biólogo não xaveca, apenas segue o instinto.
Biólogo não respira, quebra carboidratos.
Biólogo não come, degusta.
Biólogo não tem depressão, tem disfunção no hipotálamo.
Biólogo não admira a natureza, analisa o ecossistema.
Biólogo não elogia, descreve processos.
Biólogo não tem reflexos, tem mensagens neurotransmitidas involuntariamente.
Biólogo não facilita discussões, catalisa substratos.
Biólogo não transa, copula.
Biólogo não admite algo sem resposta, diz que é hereditário.
Biólogo não fala, coordena vibrações nas pregas vocais.
Biólogo não pensa, faz sinapses.
Biólogo não toma susto, recebe resposta galvânica incoerente.
Biólogo não chora, produz secreções lacrimais.
Biólogo não espera retorno de chamadas, espera feedbacks.
Biólogo não se apaixona, sofre reações químicas.
Biólogo não perde energia, gasta ATP.
Biólogo não divide, faz meiose.
Biólogo não falece, tem morte histológica.
Biólogo não beija, permuta microorganismos.

12 setembro 2024

SEXTA-FEIRA 13 de SETEMBRO de 2024.

        “A sexta-feira 13 e o judaísmo”

“Ninguém sabe direito como a superstição surgiu. Alguns dizem que é porque Jesus foi crucificado em uma sexta-feira 13. Quanto à possível conotação aziaga do número 13 na tradição judaica, ela, na verdade, não existe. Pelo contrário: 13 é um número extremamente positivo.
No judaísmo, 13 é a idade na qual o jovem se torna bar-mitzvá, 13 são também os princípios de Fé Judaica elaborados por Maimônides. O número 13 era visto na tradição judaica como a adição divina para ao terreno 12, que está ligado aos 12 meses do ano, às 12 tribos de Israel e aos 12 signos do zodíaco, os quais representam a fragmentação do mundo físico, onde a Luz do Criador está oculta. O 13 se eleva acima dessas forças materiais, e nos leva à unidade do mundo espiritual. Morrer em uma noite de sexta-feira, depois de ter recebido o Shabat, era visto como particularmente honrosa para os mártires judeus. Então, tendo a sexta-feira 13 se tornado mais um dia para mártires judeus, os numerosos opressores começaram a interpretar o dia em suas formas negativas. No judaísmo o número 13 não indica o fim, mas sim a transformação, o renascimento”.
Fonte: Jornal ALEF/ edição 1482 de Agosto de 2010  – comunidade judaica [ jornalalefvirtual@jornalalef.com.br ]
Abaixo a reportagem na íntegra:
A sexta-feira 13 e o judaísmo
Jane Bichmacher de Glasman, escritora, doutora em Língua Hebraica,
Literaturas e Cultura Judaica; professora adjunta, fundadora e
ex-diretora do Programa de Estudos Judaicos da UERJ.
De acordo com o calendário judaico, “Yom Shishi”, a sexta-feira (qualquer uma) começa na véspera – na quinta-feira, “Yom Hamishi”. Já na sexta-feira ao anoitecer é sábado – “Erev” (véspera) Shabat! O homem (ser humano) foi criado, de acordo com o relato bíblico, na sexta-feira. E, neste dia, diferentemente dos outros em que D’us concluía com um “Está bom!”, Ele disse: ”Muito bom!”. Para quem gosta de uma leitura supersticiosa, este comentário divino torna a sexta “um dia de sorte” (junto com a terça-feira em que foi dito “Bom!” duas vezes – motivo pelo qual se costuma começar nas terças, por exemplo, calendário de aulas em escolas judaicas etc).
Tendo o homem sido criado na sexta-feira – ela se tornou também a data do primeiro Rosh Hahaná da humanidade (embora primeiro de Tishrei, que é o primeiro dia de Rosh Hashaná, jamais possa cair num domingo, quarta ou sexta-feira)! Quanto à possível conotação aziaga do número 13 na tradição judaica, ela, na verdade, não existe. Pelo contrário: 13 é um número extremamente positivo. No judaísmo, 13 é a idade na qual o jovem se torna bar-mitzvá, entrando assim na maioridade religiosa. Treze são também os princípios de “Fé Judaica” elaborados por Maimônides no seu “Comentário sobre a Mishná” e transformados em “Pyiut” (poema litúrgico), no hino “Yigdal”, em 1404.
Na língua hebraica os numerais são escritos com as letras do alfabeto (alefbet), às quais é atribuído um valor numérico. Assim, o número 13 escreve-se com as letras “? Yud” (10) e “? Guimel” (3). Para desvendar as leituras semióticas da numerologia hebraica (gemátria), é necessário analisar o simbolismo dado a cada letra. “Yud” (?) é a primeira letra da palavra yetzer (impulso), denotando a tendência humana tanto para o bem, o altruísmo (“Yetzer hatov”, aspecto positivo, o bom impulso) como para o mal, o egoísmo (“Yetzer hará”, aspecto negativo, o mau impulso). Cabalistas aconselham a meditação na letra “Yud” como forma de ultrapassar estagnação e inspirar mudança a nível espiritual. O “Yud” é também a primeira letra do tetragrama sagrado. O “Guimel” (?), por outro lado, reflete qualidades de bondade e crescimento. A expressão “guemilut hassadim” (boas-obras, atos de bondade) traduz a essência de “Guimel”, primeira letra também das palavras “Gadol” (grande), “Guibor” (poderoso, forte, herói) e “Guevurá” (coragem).
O número 13 era visto na tradição judaica como a adição divina para ao terreno 12, que está ligado aos 12 meses do ano, às 12 tribos de Israel e aos 12 signos do zodíaco, os quais representam a fragmentação do mundo físico, onde a Luz do Criador está oculta. O 13 se eleva acima dessas forças materiais, e nos leva à unidade do mundo espiritual. Segundo a Cabalá, 13 é a gemátria (valor numérico) da palavra “Echad”, que significa o número 1, a unidade, e, também, uma alusão a Deus. As palavras “Ahavá” (amor) e “Deagá” (preocupação) igualmente têm seu valor numérico 13. Assim como é 13 o valor das palavras “Ahavá” (amor) e “Echad” (unidade), denotando uma ligação intrínseca entre elas. Morrer em uma noite de sexta-feira, depois de ter recebido o Shabat, era visto como particularmente honrosa para os mártires judeus. Então, tendo a sexta-feira 13 se tornado mais um dia para mártires judeus, os numerosos opressores começaram a interpretar o dia em suas formas negativas. No judaísmo o número 13 não indica o fim, mas sim a transformação, o renascimento. A superstição que ronda o número 13 é, sem dúvida, uma das mais populares. Pode ter tido origem no dia 13 de outubro de 1307, sexta-feira, quando a Ordem dos Templários foi declarada ilegal pelo rei Filipe IV de França; os seus membros foram presos simultaneamente em todo o país e alguns torturados e, mais tarde, executados por heresia. Na Antiguidade, o número 13 tornou-se de mau agouro, depois que o Imperador Felipe da Macedônia acrescentou sua estátua às dos doze deuses do Olimpo. Logo em seguida, ele foi brutalmente assassinado. Eva ofereceu a maçã a Adão na sexta-feira, e o dilúvio começou no mesmo dia.
Triscaidecafobia é um medo irracional e incomum do número 13. O medo específico da sexta-feira 13 (fobia) é chamado de parascavedecatriafobia ou frigatriscaidecafobia. Ninguém sabe direito como a superstição surgiu. Alguns dizem que Jesus foi crucificado em uma sexta-feira 13. Além da versão histórica de perseguição aos templários, também existiam lendas nórdicas e cristãs sobre o sombrio treze. Sua origem é pagã, e não cristã como muitos pensam, e remonta a duas lendas da mitologia nórdica. De acordo com a primeira, houve no Valhalla, a morada dos deuses, um banquete para o qual doze divindades foram convidadas. Loki, espírito do mal e da discórdia, apareceu sem ser chamado e armou uma briga que terminou com a morte de Balder, o favorito dos deuses. Daí surgiu a idéia de que reunir 13 pessoas para um jantar era desgraça. A associação com a sexta-feira vem da Escandinávia e refere-se a Friga, a deusa da fertilidade e do amor (que deu origem a frigadag e Friday = sexta-feira). Quando as tribos nórdicas e alemãs se converteram ao cristianismo, Friga foi transformada em bruxa. Como vingança, ela passou a se reunir todas as sextas com outras 11 bruxas e o demônio, num total de 13 entes, para rogar praga sobre os humanos. Da Escandinava a superstição espalhou-se pela Europa. Isso serviu para incitar a raiva das pessoas contra Frigg, embora nem sequer existissem figuras malignas como o Diabo nessas culturas. Como a sexta-feira era um dia sagrado à deusa, e ao feminino, o advento ao patriarcado fez com que esse dia fosse o escolhido para ser dia amaldiçoado, como tudo o que dizia respeito às mulheres.
A Última Ceia, portanto, é uma posterior releitura dos mitos originais, onde havia 13 à mesa, às vésperas da crucificação de Jesus, que teria ocorrido numa sexta-feira. O 13° convidado teria sido o traidor causador da morte de Jesus, como Loki foi o causador da morte do filho de Odin. Especula-se, inclusive, que Jesus, sendo um iniciado, possa ter estipulado o número de pessoas à mesa em 13 precisamente por causa da magia do número.
Nas cartas do tarô, o Arcano 13 (Ceifador), é a carta da morte, por associação com as letras hebraicas. Estudantes da prática interpretam a carta como um sinal de mudanças do ponto de vista, de formas de viver, e profundas transformações internas e externas. Mesmo quando se refere à morte física, na concepção religiosa, esta não representa um fim em si; afinal os antigos viam a morte como uma passagem para outro mundo ou plano de existência, em geral com uma conotação evolutiva.

Para a Maçonaria = lembrando que foi no dia 13 de Outubro de 1307, exatamente em uma sexta-feira, que o rei Felipe IV, o belo, da França desencadeou a perseguição e prisão dos Cavaleiros Templários no território Francês.
Um dia especial para os maçons templários e das ordens de cavalaria, cujos graus são dedicados a essa causa.



07 maio 2024

Rio Grande do Sul - 2024

 

Rio Grande do Sul, terra do chimarrão,
Onde o vento sopra forte nas coxilhas,
Na querência gaúcha, no bailar das prendas,
A tradição se mistura com as milongas campeiras.
Dos galpões de estância às festas de rodeio,
Dos galopes à beira-mar aos mates compartilhados,
O gaúcho mostra sua fibra e coragem,
Enfrentando desafios com o laço bem atado.
Mas bah, meu Deus, olha pelos pampas e coxilhas,
Que estão sendo castigados por tempos tão cruéis,
Com as enchentes e desbarrancos, a natureza enfurecida,
Semeando a tristeza nos corações dos fiéis.
Pedimos tua benção, tchê mais que tudo,
Dá-nos força e esperança para seguir adiante,
Que a solidariedade e o amor sejam nossos guias,
E que juntos, possamos vencer qualquer desafio gigante.
Que a luz do pago ilumine nosso caminho,
Que a fé nos guie na busca da superação,
E que a coragem e a união do povo gaúcho,
Nos conduza à vitória e à prosperidade desta nação.
(Dom Leo Assis)


01 abril 2024

QUAL O MOTIVO DO DIA DA MENTIRA (1° DE ABRIL)?

1º de Abril
(por: Prof. Dr. João Angelo – via Internet – original de 2000, atualizada em 01/4/2024).
<<<--- no dia 19/5/2024 a Torre Eiffel faz 135 anos.
No séc. XVI na França, o Ano Novo era comemorado no dia 25 de Março (início da primavera), era uma época de festa e celebração que durava até 1º de Abril. Em 1564, quando o calendário Gregoriano foi introduzido, o Rei Carlos IX decretou que o Ano Novo, deveria ser celebrado no dia 1° de Janeiro. Os mais conservadores se negaram a mudar a festa e continuaram a comemorar no período de 25 de Março à 1º de Abril. Alguns gozadores que aceitaram a mudança faziam travessuras, enviando trotes aos que insistiam com a data antiga. As "vítimas" eram chamadas de "poisson d'avril" ou “peixe de Abril” pois naquela época do ano, o Sol deixa o signo zodiacal de Peixes. Para identificar a pessoa que foi enganada era anexado (colado) um peixe de papelão em suas costas.
Ainda na França, Napoleão Bonaparte recebeu o apelido de "poisson d’avril" quando se casou com Maria Luísa da Áustria, em 1º de Abril de 1810.
Existe outra versão para o 1º de Abril: na cidade de Granada - Espanha, ao fim do domínio árabe, os mouros foram derrotados pelos cruzados cristãos. Apesar disso, eles se trancaram em suas casas fortificadas. Os cristãos pensaram numa maneira de se livrar dos mouros. Contaram aos mouros que poderiam deixar suas casas em segurança, levar somente o indispensável e que eles poderiam zarpar nos navios ancorados no cais. Os muçulmanos, desconfiados, se perguntaram se não era uma armadilha e foram chamados para inspecionar os navios, se convencendo que tudo estava bem. Fizeram seus preparativos para deixar a cidade. No dia seguinte, 1º de Abril, levaram seus pertences e foram para os navios. Depois de saírem, os cristãos saquearam e incendiaram suas casas. Antes que os muçulmanos chegassem aos navios, eles também foram incendiados. Finalmente, os cruzados atacaram e ninguém escapou com vida. Os cruzados festejaram sua vitória durante dias, e esta comemoração se tornou um ritual repetido durante muitos anos.
Também no dia 01/4/0033 que se deu numa 4ª-feira, foi realizada a última ceia de Jesus com seus apóstolos.
O dia da mentira chegou ao Brasil por Pernambuco em 1848 e continuam mentindo muito por aqui até hoje (vide alguns políticos...rs...rs...). Um pensamento muito oportuno de Affonso Romano de Sant’Anna, retrata bem este fato, ele diz: “Mentiram-me ontem e hoje mentem novamente. Mentem de corpo e alma, completamente. E mentem de maneira tão pungente que acho que mentem sinceramente. Mentem, sobretudo, impunemente. (...) E de tanto mentir tão bravamente, constroem um país de mentira - Diariamente!”
Na Roma antiga, a ressurreição do deus Átis era celebrada no dia 1° de Abril com o festival de Hilária, atualmente, o 1° de Abril lá é chamado de "o Dia da Risada Romana".
Na Índia, o dia 1° de Abril, dá início a primavera com o Holi (festival onde os indianos brincam pelas ruas, jogando pó colorido em quem estiver passando).
Como tudo iniciou na França, hoje ela ainda é considerada a "capital da mentira" (veja a ilustração acima da Torre Eiffel). Também sugiu daí a ideia do Walt Disney de criar o "Pinóquio" e de Ziraldo criar o "Menino Maluquinho".

Se você conseguir "ENGANAR" alguém no dia 1º de Abril, de maneira inteligente, conte-nos como foi, no comentário abaixo:



↑↑ Segunda-feira, 1° de Abril de 2024, fez 60 anos que o Jornal O Globo publicou este memorável artigo, que agora faz parte da História, que infelizmente a maior parte dos brasileiros desconhece e pior ainda que se insiste em continuar desconhecendo em face de sua grande aversão à História...


26 março 2024

CRUCIFICAÇÃO de CRISTO e o "CORPUS CHRISTI":

Pesquisa de 2003 do prof. dr. João Angelo
Atualização: 26/3/2024.
(foto ao lado tirada do teatro na Via expressa em 28/3/2010 e publicada no Jornal A Voz da Serra)
A palavra latina "excruciar” (raiz de "cruciante") se refere a algo que causa grande agonia ou tormento. As raízes da palavra são: "ex” = por causa de ou sobre, e "cruciar” = cruz. Então: "excruciar" = "por causa de , ou sobre, a cruz".



Em Seus 36 ou 37 anos de idade, Jesus foi amarrado a um poste, sofrendo violento espancamento físico e chicotadas que deixaram suas costas inteiramente expostas, onde a pele (epiderme + derme), com +/- 2 mm de espessura, apoiada na tela subcutânea (nome atual da antiga hipoderme), era arrancada das costas, expondo uma massa ensanguentada de músculos e ossos (“hambúrguer”).
Os romanos usaram um chicote (flagrum ou flagellum) com pequenas partes de ossos e metais (talvez Fe e Pb; Z= 26 e 82 na T.P.) unidos a vários cordões de couro. A quantidade de chicotadas não é registrada nos evangelhos. O número de golpes na lei judaica era de 40 (Dt 25:3), mais tarde reduzido (pelos fariseus) a 39 para evitar golpes excessivos por um erro de contagem. A vítima geralmente morria devido à surra (com 39 golpes acreditava-se trazer o criminoso à "1 da morte"). A lei romana não tinha nenhum limite sobre o número de golpes a se dar.




Devido aos espancamentos houve perda de sangue (AB +, grupo sanguíneo considerado "receptor universal" que envolve mais ou menos 5% da população mundial) segundo estudos recentes no sudário (o sudário pertence ao Vaticano e fica guardado na Cappella della Sacra Sindone do Palácio Real de Turim, na Itália); houve também perda sanguínea devido aos espinhos (de 2,54 a 5,08 cm de comprimento) da "coroa" feita da planta Zizifus spina (Zizyphus ou Azufaifo - da família das ramináceas) atingindo o escalpo (área mais vascular na testa que firma os cabelos) com 60 a 70 perfurações [esta "coroa" encontra-se na Catedral de Notre Dame em Paris - cuja igreja foi incendiada em abril de 2019, mas "salvaram"(o capelão Jean-Marc Fournier do Corpo de Bombeiros) a "coroa"; esses sangramentos, foram enfraquecendo Jesus e podendo deixá-Lo inconsciente.
Depois do espancamento, Jesus andou num trajeto de +/- 595 m (chamado hoje de Via Dolorosa) para ser crucificado no “lugar do crânio ou da caveira” (em latim: Calvário; em aramaico: Golgota). O aramaico, língua semítica falada por Jesus, atingiu o apogeu entre os anos 300 a.C. e 650 d.C.,  falada ainda hoje em alguns lugares do Irã, Iraque e Síria, tem 22 letras no qual se escreve da direita para a esquerda e, deu origem ao hebraico e este, no final do séc. XIX, passou a ser a língua oficial de Israel.
O Calvário de Gordon é o ponto de maior altitude positiva de Jerusalém (777 m acima do nível do mar). Hoje neste Calvário, as cavernas na rocha estão situadas de tal maneira que dão ao local uma aparência de caveira. Jesus foi conduzido por ruas estreitas de pedras, cercadas por mercados daquele tempo, aglomeradas de gente, carregando a barra horizontal da cruz (chamada patibulum = patíbulo, pesando entre 36 e 50 kg) sobre Seus ombros. Ele estava cercado por 1 guarda romano, o qual carregava uma placa que anunciava Seu crime: o de ser "o Rei dos Judeus" em hebreu, latim e grego (o título era pendurado na cruz, sobre a cabeça da vítima, na hora da crucificação), por isso INRI (Iesus Nazarenus Rex Ioderum). No trajeto, Ele ficou incapaz de carregar a cruz; Simão o cireneu (natural da Cirenaica – região da Líbia - África), foi afetado pelo fato e intimado a ajudar.
Teorizam que Jesus talvez tenha caído ao ir descendo os degraus da Fortaleza de Antônio. Nesta queda com o pesado patíbulo nas Suas costas, talvez tenha tido uma contusão cardíaca, predispondo Seu coração a ruptura na cruz.
A crucificação era assim: o patíbulo era colocado sobre a terra e a vítima colocada em cima dele. Os cravos (pregos) de Fe (Z = 26), tinham +/- 18 cm de comprimento e 1 cm de diâmetro, eram cravados nos pulsos (na terminologia antiga, o pulso era considerado parte da mão). Os pregos entrariam no nervo mediano, causando choques de dor irradiados por todo o braço; o mesmo aconteceu na ruptura do nervo plantar do pé com um único cravo que passou entre o 2° e 3° metatarso.

Era possível colocar os pregos entre os ossos do corpo (ao todo 213 ossos = 22 na cabeça; 33 na coluna; 24 nas costelas; 1 esterno no tórax; nos membros superiores 64 e nos inferiores 62; no pescoço 1 hioide e 6 pequenos nas orelhas médias), de modo que nenhuma fratura (ou ossos quebrados - Jo 19:32-36; Ex 12:46) ocorressem. Estudos científicos mostram que os pregos provavelmente foram cravados através dos carpos (8 ossos pequenos do pulso) entre o rádio e a ulna no espaço de “Destot”. Pregos na palma da mão não suportariam o peso (de +/-80 kg de Jesus) de um corpo (de +/-1 m e 80 cm) e rasgariam a mão entre os metacarpos e falanges.
No local da crucificação estariam postes (em pé) com aproximadamente 2 m e 15 cm de altura. No centro dos postes estava um habitual assento (sedile ou sedulum) no qual servia como suporte para a vítima. O patíbulo era levantado sobre os postes.

Os pés (o esquerdo sobre o direito) eram pregados ao stipes (tronco vertical da cruz), para isto, os joelhos teriam que ser dobrados e girados lateralmente, deixando-O numa posição muito desconfortável.

Quando a cruz era erguida verticalmente, havia uma grande tensão posta sobre os pulsos, braços e ombros, resultando num deslocamento dos ombros e juntas dos cotovelos. Os braços sendo presos para cima e para fora, prenderam a caixa torácica numa fixa posição final inspiratória na qual dificultou o exalar, e impossibilitou ter completa inspiração do ar. O fato de ter tido pequenas respirações, talvez explique porque Jesus fez pequenas declarações enquanto estava na cruz. O tempo passava, os músculos, pela perda de sangue, falta de O2 e a posição fixa do corpo, passariam por fortes cãibras (contrações súbitas musculares). Pelas surras e chicotadas, Jesus sofreu severa hipovolemia (baixo volume de sangue); por isso Seu estado desidratado e a perda de força.
Pela defeituosa respiração, os pulmões Dele começavam a ter colapsos em pequenas áreas causando hipoxia (baixo teor de O2). Uma acidez respiratória, com a falta de compensação pelos rins devido à perda de sangue, resultou em um aumento da pressão cardíaca (batendo mais rápido para compensar); acumulando líquidos nos pulmões (vazou “água” e sangue na perfuração de +/- 5cm da lança no tórax do lado direito do corpo, feita pelo soldado ao confirmar Sua morte - Jo 19:34), sob o stress da hipoxia e acidez, o coração parou.
Em 2003, os astrônomos romenos: Liviu Mircea e Tiberiu Oproiu do Observatório do Instituto Astronômico da Romênia, estudaram através de programas de computador baseados na revolução dos planetas entre os anos 26 e 35 d.C. e descobriram que apenas por 2 vezes nesse período, a Lua cheia ocorreu imediatamente após o equinócio. A primeira Lua cheia foi numa sexta-feira 07/4/0030 e a segunda Lua cheia foi 03/4/0033.
Estes astrônomos, ainda baseados no Novo Testamento, onde diz que: Jesus morreu no dia após a primeira noite de Lua cheia após o equinócio de Verão e também se refere ao eclipse solar ocorrido durante a crucificação (Lc 22:53); concluíram por estes dados no computador que ocorreu um eclipse parcial do Sol em 33 d.C.

Na verdade, a última ceia de Jesus e seus apóstolos, se deu numa 4ª-feira, dia 01/4/0033. Por estudos científicos, podemos afirmar (afirmação também feita pelos astrônomos supracitados) que Ele morreu com 36 ou 37 anos de idade, às 15 h da sexta-feira do dia 03/4/0033 ressuscitando às 4 h da madrugada do dia 05/4/0033.
Ainda com auxílio de computadores, cientistas divulgaram em 2010 o "rosto de Jesus Cristo" e o "corpo de Jesus Cristo" (Corpus Christi) conforme os dados apurados no sudário e inseridos nos computadores, chegando aos resultados das respectivas fotos abaixo:
Aspectos Religiosos do Corpus Christi (ou Corpo de Cristo) - foto abaixo do nosso tapete do Col. Anchieta no ano de 2019 em 20 de Junho:


A história religiosa do Corpo de Cristo tem início no século XIII e foi instituída pelo Papa Urbano IV.
Um fato extraordinário ocorrido no ano de 1247, na Diocese de Liége, Bélgica, diz que Juliana de Cornillon, monja agostiniana, teve consecutivas visões de um astro semelhante à Lua, totalmente brilhante, porém, com uma incisão escura. Ela disse que o próprio Jesus Cristo revelou a ela que a Lua significava a igreja, e sua claridade o Corpo de Cristo. Juliana levou o caso ao bispo local que, em 1258, acabou instituindo uma festa (ou solenidade) em sua Diocese. O fato, na época, havia sido levado também ao conhecimento do bispo Jacques de Pantaleón, que quase duas décadas mais tarde, viria a ser eleito Papa Urbano IV.
O fator que deflagrou a decisão do papa e que confirmaria a antiga visão de (agora "Santa") Juliana se deu por um "milagre" ocorrido no 2° ano do pontificado de Urbano IV: o "milagre eucarístico" de Bolsena, na Itália, onde um sacerdote tcheco (Pe. Pietro de Praga), duvidando da presença real de Cristo na eucaristia depois da consagração do pão e do vinho, viu brotar sangue na hóstia (semelhante ao milagre de Lanciano, ocorrido no século VII). O fato foi levado ao Papa Urbano IV, que encarregou o bispo de Orvieto a levar a ele as alfaias litúrgicas embebidas com o sangue de Cristo. Instituída para toda a igreja, desde então, a data foi marcada por concentrações, procissões e outras práticas religiosas, de acordo com o modo de ser e de viver de cada país ou de cada localidade.
O Corpus Christi foi instituído pelo Papa Urbano IV com a Bula Transiturus (carta pontifícia de caráter solene), de 11 de Agosto de 1264, celebrada na quinta-feira após a festa da Santíssima Trindade (Pai + Filho + Espírito Santo), que acontece no Domingo depois de Pentecostes (Pente = 50 dias, depois da Páscoa, com a vinda do Espírito Santo sobre os apóstolos). A Eucaristia foi celebrada pela primeira vez na quinta-feira santa e o Corpus Christi é celebrado sempre na quinta-feira depois de Pentecostes.
A celebração do Corpus Christi lembra a caminhada do povo peregrino de Deus, em busca da terra prometida. Segundo o Antigo Testamento, esse povo foi alimentado com o maná no deserto e hoje o povo de Deus é alimentado com o Corpo de Cristo, onde o celebrante consagra duas hóstias grandes, sendo uma consumida e a outra apresentada aos fiéis para adoração de Cristo.

Referências: Ball, D. A. "The Crucifixion and Death of a Man Called Jesus". J Miss St Med Assoc 30(3): 77-83, 1989.
Bíblia.Bible, Amplified version. Zondervan Publishing House, Grand Rapids, Michigan, 1964. Davis, C.T. "The Crucifixion of Jesus:The Passion of Christ from a Medical Point of View". Ariz Med 22:183-187, 1965. Edwards, W.D., Gabel, W.J and Hosmer, F.E. "On the Physical Death of Jesus Christ." JAMA. 255 (11), pp. 1455-1463, 1986.Holman's Bible Dictionary, Holman Bible Publishers, 1991. McDowell, J. "The Resurrection Factor". Campus Crusade for Christ, Nashville, Tenn., 1981. Metherall, A.. "Christ's Physical Suffering" (Tape) Firefighters for Christ , Westminister, Ca. Fitzgerald, Benedict & Gibson, Mel; “The Passion of the Christ” (20th Century Fox– EUA), 2004.

No Facebook: "ARQUEOLOGIA NO CALVÁRIO DE GORDON" - (uma exploração arqueológica) - Antônio César Domingues Hedo - Tel. (11) 4521-0157 e (11) 9817-9101 - e-mail: acdhedo@hotmail.com.