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09 maio 2014

Cientistas confirmaram que o vírus H7N9 vem das galinhas...

Tudo indica que o novo vírus da gripe das aves passa efetivamente das galinhas (talvez também os pombos, perdizes e patos) para o ser humano. Por enquanto, nada indica que seja diretamente transmissível entre as pessoas (ou seja de ser humano para ser humano).
Foto de REUTERS/JASON LEE out/2005 de uma galinha espreita pelas grades da gaiola num mercado de aves de capoeira em Pequim.


Uma equipe de cientistas chineses publicou em 25/4/2013, na edição online da revista The Lancet, a 1ª confirmação científica de que o vírus H7N9, que emergiu em Abril de 2013 na China, foi transmitido aos doentes humanos por contatos com galinhas vivas à venda nos mercados chineses (e talvez pombos também).
Lanjuan Li e colegas da Universidade de Zhejiang, Kwok-Yung Yuen, da Universidade de Hong Kong, compararam o DNA dos vírus H7N9 detectados em amostras de aves - galinhas, pombos, perdizes e patos - provenientes de seis mercados, com o DNA dos vírus H7N9 de 4 pessoas doentes. E concluíram que as semelhanças genéticas entre o vírus de um dos doentes e o vírus detectado numa das galinhas, sugerem que haja uma transmissão esporádica do H7N9 das aves de capoeira para os humanos. “No seu conjunto, os resultados, em termos epidemiológicos e virológicos, sugerem que se trata de uma transmissão pura das galinhas para os humanos”, diz Kwok-Yung Yuen num podcast colocado online pela revista médica.
Por outro lado, nenhuma das pessoas que estiveram em contato com os doentes desenvolveram a doença no prazo de 2 semanas que demora a sua incubação, o que “sugere que o vírus não é atualmente capaz de se transmitir entre humanos”, lê-se num comunicado da Lancet.
O resultado obtido pelos cientistas chineses tem uma implicação importante em termos de saúde pública: é que ainda se trata claramente de uma gripe aviária e que, “portanto, o controle da epidemia nos humanos vai depender do controle da epidemia nas aves de capoeira”, salienta Kwok-Yung Yuen.
A melhor estratégia para minimizar as hipóteses de o vírus se tornar uma gripe humana consistiria numa “intervenção agressiva para impedir novas transmissões nos mercados que vendem aves de capoeira vivas", escrevem os cientistas no seu artigo. “Encerramento temporário dos mercados e programas abrangentes de vigilância, abate de animais, reforço da biossegurança, segregação das diferentes espécies de aves de capoeira e possivelmente programas de vacinação para controlar a infecção pelo vírus H7N9 nessas aves parecem necessários para impedir que o vírus evolua para um agente pandêmico."
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), até o dia 25/4/2013, 109 pessoas adoeceram na China na sequência da infecção pelo H7N9 e 22 morreram. Também foi detectado um doente em Taiwan até esta data, que esteve em Xangai (onde surgiram os primeiros casos da doença em de Março/2013).

Foto do Vírus H7N9 ao Microscópio.

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