Todos os animais incluindo nós seres humanos, dependemos do Oxigênio que respiramos e dos alimentos que consumimos para viver. Sem essas duas matérias primas, não conseguiríamos ter a Energia necessária para nos mantermos vivos.
Quando faz uso do Oxigênio o corpo libera-o em forma de Gás Carbônico que fica envolvido no ar. Este não pode ser encontrado em maior quantidade, pois pode fazer mal a saúde, que para a maioria dos seres vivos é como um veneno. Porém, outras formas de vida dependem dele para viver. O Gás Carbônico liberado pelas pessoas e animais, é utilizado pelos vegetais num processo denominado Fotossíntese.
Como os vegetais também precisam de alimento e Energia para se manterem vivos, por meio de suas folhas, retêm a Energia Luminosa do Sol que passa por transformação até se tornar uma Energia Química. Pelas folhas, também, absorvem o Gás Carbônico presente no ar e pelas raízes adquirem a água. Combinando essas três matérias primas, Energia Luminosa, Gás Carbônico e água, os vegetais liberam pelas suas folhas o Oxigênio e produzem a Glicose que serve de alimento para eles e para outras formas de vidas existentes no planeta. Podemos encontrar essa Glicose nas frutas, verduras e legumes que consumimos.
Fotossíntese é então um processo físico-químico realizado por seres vivos que possuem clorofila (plantas, algas e certas bactérias), utilizando Dióxido de Carbono e Água, obtendo Glicose através da Energia Luminosa. Representaríamos quimicamente assim:
12 H2O + 6 CO2 6 O2 + 6 H2O + C6H12O6.
Este processo em que a planta acumula Energia a partir da Luz para uso no seu metabolismo, forma o ATP (Adenosina tri-fosfato) que é a "moeda energética" dos organismos vivos. Quanto menor for o número de árvores no meio ambiente, mais difícil será obter Oxigênio para podermos respirar. Fica claro a importância da Fotossíntese, na vida (Biologia) do nosso planeta.
Em
1666, Isaac Newton fez um raio de Sol
passar por um prisma, observando que, ao penetrar no vidro, a luz era branca,
mas ao sair do outro lado, estava dividida em várias cores, como um arco-íris.
Notou ainda que, colocando outro prisma na frente dos raios coloridos, eles
voltavam a formar um único feixe de luz branca. Sabe-se que, durante a fotossíntese
das plantas, a luz tem importância vital, pois as clorofilas absorvem luz de
comprimento de onda variando entre 400 nm e 700 nm (nanômetros).
O espectro de Luz visível vai do violeta ao vermelho. Os comprimentos de onda mais curtos são muito energéticos e ou mais longos são menos energéticos.
A energia luminosa é transmitida em unidades chamadas quanta (singular = quantum), ou fóton. Para que a Fotossíntese ocorra, é necessário que a clorofila absorva a energia de 1 fóton com o comprimento ideal de onda para iniciar as reações químicas (veja esquema abaixo).
A planta usada no experimento em nosso Laboratório foi a Elodea:
Nome científico: Elodea densa (ou Elodea brasileira). A planta fica praticamente submersa na totalidade, à exceção das suas flores, raras, que ficam a flutuar na superfície, ligadas aos caules por pedúnculos frágeis. É muito usada em aquários.
O que você observou no Microscópio do laboratório (clique no clip):
CURIOSIDADES:
A Fotossíntese e a Eletrônica
À primeira vista, a fotossíntese tem pouca associação com a eletrônica, entretanto uma forte conexão entre esses dois campos do conhecimento. Hoje, procuram-se desenvolver tecnologias de transmissão de informação que sejam mais rápidas e compactas possíveis, chegando-se até à dimensão molecular (nanotecnologia). Procuram-se substituir os elétrons pela luz nos processos de transmissão de informação, como já é feito nos cabos de fibra óptica na telefonia. É neste ponto em que se faz a interface entre os dois campos de conhecimento, a fotossíntese e a eletrônica.
Cabo de fibra óptica
Ao compreendermos como as plantas absorvem luz e como controlam o movimento desta energia absorvida, da antena para os centros de reação e como converter a luz em energia elétrica e finalmente em energia química, nós poderemos construir computadores em escala molecular. De fato, vários elementos lógicos baseados nos centros de reação artificial, tem sido apontados na literatura científica.
A Fotossíntese e a Medicina
A luz pode ser altamente maléfica se não for devidamente controlada, temos como exemplos os inúmeros casos de câncer de pele (melanomas). As plantas têm que absorver luz com o mínimo de dano para ela mesma. A compreensão das causas dos danos causados pela luz e os mecanismos naturais de proteção, pode beneficiar-nos em áreas alheias à fotossíntese como a medicina. Por exemplo, algumas substâncias como a clorofila tendem a localizar-se em tecidos tumorosos. A iluminação destes tumores causaria um dano fotoquímico, que poderia matar o tumor sem consequência para o tecido são (bom).
Outra aplicação médica é a utilização de substâncias semelhantes à clorofila para delinear a área cancerígena do tecido são. Danos fotoquímicos ao tecido são não ocorrem pois, os princípios da fotossíntese foram utilizados para converter a energia absorvida em calor.
Para complementar nossa experiência no Laboratório de Biologia, junto a equipe da UERJ/FAPERJ (Profa. Kênia Gomes, Prof. Thiago G. Teixeira e o Monitor M. Sardou), peço que leia e estude atentamente as seguintes páginas:
No Volume 1 de Biologia: pág. 55; 56; 196; 199; 208 até 212.
No Volume 2 de Biologia: pág. 85; 146; 168; 172; 175 e 176.
No livro de Química: pág. 193 a 195.
Fonte:http://www.legendalibras.com.br/escola/fotossintese.html e http://www.sobiologia.com.br/conteudos/bioquimica/bioquimica18.php adaptado pelo Prof. João Angelo para as aulas no Laboratório.
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