REVISTA ELETRÔNICA de EDUCAÇÃO & SAÚDE.

REVISTA ELETRÔNICA de EDUCAÇÃO & SAÚDE (ano XLI) 2024 ou 5785
Criação e realização do biólogo e professor JOÃO ANGELO MARTIGNONI TEIXEIRA
Orientação e configuração do engenheiro e professor EVERARD LUCAS CARDOSO

08 janeiro 2012

ALERTA !!!

Em nossas aulas de Ciências, Biologia e Meio Ambiente, falei (durante o ano letivo de 2011): você e sua família devem ficar atentos a esta possível "catástrofe anunciada" para as chuvas de Friburgo... tivemos uma "amostra grátis" na 2ª quinzena de Dezembro com as chuvas e os alagamentos...
Foto tirada de satélite pela Google Maps, mostra a "fenda" do Teleférico até o Col. Anchieta:
Esta foto também mostra uma fenda próxima ao Morro da Cruz:
Esta outra foto mostra por cima o Morro do Teleférico:


Datado de 7 de Abril de 2011, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) preparou um relatório após realizar vistoria na área do complexo do teleférico. O documento está anexado a ação movida pelo Ministério Público Estadual que determinou a paralisação das obras de reestrutura e drenagem pela Empresa Friburgo Teleférico (que funcionava a mais de 8 anos sem licença...).
Em torno do laudo apresentado, o alarde foi feito principalmente devido o seguinte trecho do relatório: “Essa é a questão mais relevante de toda a vistoria, pois neste local os dois deslizamentos estão separados por pequena franja de solo que impõe risco iminente, em caso de chuvas a toda região situada desde a Praça do Suspiro até a entrada do Colégio Anchieta. Não é exagero afirmar que, pela declividade do terreno, pela altura do morro do teleférico, pelo volume de material existente, pelos deslizamentos pontuais verificados na encosta e pela existência de patologia no maciço do tipo contato solo raso/rocha, existe risco real de movimentação de todo o complexo, inclusive com a obstrução do Rio Bengalas, naquele trecho, com consequências imprevisíveis, tanto para os bens patrimoniais quanto para as vidas humanas”.
O relatório completo apresenta a situação dos deslizamentos ocorridos desde a Praça do Suspiro até o Colégio Anchieta. Do lado do teleférico é apresentada a questão do manilhamento feito para escoação de água da chuva, que, como é suspeitado pelo Ministério Público, pode ter sido uma das razões que contribuíram para o deslizamento no local.
A vistoria começou na Rua Silvio Henrique Braune, após recomendação de estudos geológico-geotérmico local com a finalidade de subsidiar um projeto técnico de contenção da encosta movimentada e, posterior, reabertura da via pública. Sendo apontada a necessidade de intervenção no local onde encontra-se o reservatório da Concessionária Águas de Nova Friburgo, pelo peso e por apresentar rachaduras na parede do reservatório e também no terreno. Sendo assim, foi determinada a retirada do reservatório enquanto persistir a situação de risco e que fosse feita a cobertura do solo com um toldo para evitar encharcamento em caso de chuva.
Assim como na matéria veiculada no jornal Nova Imprensa sobre o teleférico, publicada em 30 de Julho de 2011, o relatório aponta que o deslizamento do Anchieta possivelmente partiu do estacionamento do complexo do teleférico. E ainda traz a informação sobre o fato de a escada construída aos fundos do empreendimento ter funcionado como uma verdadeira “escada hidráulica”, conduzindo expressivo volume da chuva para um único ponto, de onde, possivelmente deflagrou-se o deslizamento. E indica que o local encontra-se em risco pela pequena câmara de solo que separa os dois deslizamentos e em caso de chuvas pode causar risco a toda a região situada desde a Praça do Suspiro até a entrada do Colégio Anchieta e pela altura do morro, volume do material existente e pelos deslizamentos existentes e pela fina camada de solo sobre a rocha existe risco real de movimentação de todo o complexo, inclusive com obstrução do Rio Bengalas no trecho.
O pedido é de que o Ministério Público (MP) intime a Prefeitura a contratar imediatamente consultoria técnica especializada para realização de estudos geológico-geotérmicos no terreno, onde deve constar implantação imediata de condução e macrodrenagem local e todas as medidas necessárias de contenção, solicitando ainda a apresentação da documentação da área das obras do complexo do teleférico e explicita a falta de licenciamento de operação do empreendimento.
O documento é assinado pelo geólogo Ricardo Silva de Souza, o engenheiro agrônomo e analista Carlos Eduardo V. de Oliveira e pelo técnico ambiental Edmilson Ferreira Maia.

Publicado em 26/8/2011 - no Jornal NovaImprensa - por Paula Valviesse; adaptado por João Angelo para a Revista Eletrônica "EXCITE-FRIBURGO".

<< Charge do meu amigo Silvério (publicada na "Voz da Serra" em 27/8/2011).

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