REVISTA ELETRÔNICA de EDUCAÇÃO & SAÚDE.

REVISTA ELETRÔNICA de EDUCAÇÃO & SAÚDE (ano XLI) 2024 ou 5785
Criação e realização do biólogo e professor JOÃO ANGELO MARTIGNONI TEIXEIRA
Orientação e configuração do engenheiro e professor EVERARD LUCAS CARDOSO

07 novembro 2020

Nome científico ou classificação binominal de Lineu [taxonomia]:

Conforme expliquei em palestras, em 1758 o naturalista sueco Karl von Linné [Carolus Linnaeus ou Carlos Lineu], criou um sistema de nomenclatura em que cada espécie recebe um nome latino composto de duas palavras (por isso, binomial). Esse nome é chamado de Nome científico.
A utilização de Nomes científicos para os seres vivos permite que cientistas de todo o mundo possam se referir à mesma espécie sem barreiras de linguagem. Afinal, em cada idioma uma mesma espécie recebe um nome diferente, e às vezes recebe diferentes nomes do mesmo idioma.
Nome científico de uma espécie deve seguir as regras:
1 – O nome deve ser em latim ou latinizado (língua que não corre risco de sofrer modificações).
2 – O nome deve ser destacado no texto, em itálico, sublinhado ou escrito com um tipo de letra diferente do texto principal (negrito, por exemplo).
3 – A 1ª palavra do nome designa o Gênero e é escrita com inicial MAIÚSCULA. 
A 2ª palavra designa a espécie ou termo específico e é escrita com inicial minúscula.
Ex.: Canis familiaris é o Nome científico do cachorro. Seu gênero é Canis e o termo específico (espécie) é familiaris.
4 – O Gênero pode ser escrito abreviadamente quando aparecer mais de uma vez no mesmo texto.
Ex.: Felis catus pode ser abreviado para F. catus (gato doméstico).
5 – Quando se quer citar um Gênero e todos os termos específicos (espécies) relacionados, pode-se usar a abreviação sp. (do latim specie).
Ex.: Plasmodium sp. refere-se ao Gênero Plasmodium e às diversas espécies existentes desse protozoário causador da malária.
6 – Para indicar a pessoa (ou cientista) que descreveu a espécie, seu nome deve vir após o nome da espécie (ou termo específico), abreviado ou por extenso, seguido de vírgula e do ano em que ocorreu a descrição.
1° Ex.: Trypanosoma cruzi Chagas, 1909 ou Trypanosoma cruzi C, 1909. Esse é o nome do protozoário causador da doença de Chagas e o sobrenome da pessoa que descreveu a espécie (no caso o cientista Carlos Chagas).
2° Ex.: Melaleuca leucadendra Lineu, 1767 ou Melaleuca leucadendra L, 1767. Esse é o nome da árvore-do-papel (tem uma na ilha do NFCC - Nova Friburgo Country Club - veja fotos abaixo) e abreviado o sobrenome da pessoa que descreveu a espécie (no caso o cientista Carlos Lineu).


Informações adicionais
- Quando o nome referente à espécie (ou termo específico) é criado em homenagem a um cientista, pode-se usar a inicial maiúscula.
Ex.: Trypanosoma Cruzi, foi uma homenagem ao cientista Oswaldo Cruz permitindo assim a inicial maiúscula na palavra Cruzi.
- O subgênero a que uma espécie pertence deve ser indicado no Nome científico após o primeiro nome, com inicial maiúscula e entre parênteses.
Ex.: Leishmania (Viannia) lindenbergi, onde a palavra entre parênteses denota o subgênero a qual a espécie pertence , este é um dos protozoários causadores da leishmaniose.
- A subespécie pode ser indicada após o segundo nome com inicial minúscula (sistema trinominal).
Ex.: O Nome científico da Girafa reticulada é Giraffa camelopardalis reticulata; da Girafa masai é Giraffa camelopardalis tippelskirchionde a última palavra (a 3ª) caracteriza a subespécie.

Vários exemplos de Nomes científicos de plantas no sistema binominal:
Nome Popular
Nome científico
Espécies Frutíferas:
Abacateiro 
Persia americana 
Ameixa amarela 
Eryobotrya japonica 
Amora 
Morus nigra 
Goiaba 
Psidium guajava 
Jambo 
Syzigiyum jambos 
Jambolão 
Syzigium cumini 
Mangueira 
Mangifera indica 
Pitangueira 
Eugenia uniflora 
Espécies para Reflorestamento e Cercas Vivas:
Bracatinga 
Mimosa scabrella 
Cipreste 
Cupressus lusitamica 
Eucalipto 
Eucaliptus spp 
Ficus benjamim 
Ficus benjamina 
Leucena 
Leucaena leucocephala 
Maricá 
Caesalpinia sepiaria 
Pinus 
Pinus caribaea 
Sansão do campo 
Mimosa caesalpinaefolia 
Espécies para Arborização Urbana
Alecrim de campinas 
Holocalix balansae 
Bauhinia (Unha de vaca) 
Bauhinia variegata 
Cabelo de nego (Faveiro) 
Peltophorum dubium 
Cássia aleluia 
Senna multijuga 
Cássia rosa 
Cassia grandis 
Ficus benjamim 
Ficus benjamina 
Hibisco 
Hibiscus rosa-sinensis 
Ipê amarelo 
Tabebuia serratifolia 
Ipê mirim (Ipê de jardim) 
Tecoma stans 
Ipê roxo 
Tabebuia heptaphyllum 
Jacaranda 
Jacaranda mimosifolia 
Ligustro (Alfeneiro) 
Ligustro lucidum 
Magnólia 
Michelia champaca 
Murta 
Murraya paniculata 
Oiti 
Licania omentosa 
Palmeira areca 
Chrysalidocarpus lutescens 
Palmeira cariota (Rabo de peixe) 
Caryota urens 
Palmeira fenix 
Phoenix roebelinii 
Palmeira imperial 
Roystonea regia 
Pau ferro 
Caesalpinia ferrea 
Pau de formiga (Triplaris) 
Triplaris brasiliana 
Quaresmeira 
Tibouchina granulosa 
Saboneteira 
Sapindus saponaria 
Sibipiruna 
Caesalpinia peltophoroides 

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